Cientistas políticos e juristas defendem que recuperação envolve também direitos, além dos deveres. Quando se fala em eleição, a palavra cidadania aparece logo em seguida. E isso não é diferente no caso dos presos provisórios e meninos que cumprem medida socioeducativa.
De acordo com a professora do núcleo de Ciências Sociais da UFPR, Luciana Fernandes Veiga, essa parcela da população está passando por um processo de recuperação, o que não tira dela o título de cidadão. "Eles já estão sendo punidos, então merecem também ter seus direitos. Dar a eles prestígio, e cobrar compromisso, é algo importante para qualquer cidadão", diz.
No caso dos meninos, que passam por processo educativo, o voto é também instrumento de reinserção na sociedade, uma forma de fazer com que se sintam parte do ambiente em que vivem.
Independentemente da idade ou situação do preso, o voto é um meio para expressar uma opinião. É isso que pensa o professor de Direito da PUCPR e especialista em Direito Penal, Gilmar dos Santos. "Só porque essas pessoas estão presas não significa que estejam alheias à realidade e por isso mesmo podem tentar mudar o sistema." Ele defende o voto de todos os presos. "Presos que cumprem penas alternativas em liberdade também estão privados do voto, enquanto alguns que cometeram crimes graves mas ainda não foram julgados ainda podem votar. Isso é uma falta de razoabilidade", diz.
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