Os candidatos a prefeito de Salvador iniciaram com troca de ataques no horário eleitoral do segundo turno desta segunda-feira (15). Enquanto o programa de ACM Neto (DEM) chamou o partido adversário de "traidor", o de Nelson Pelegrino (PT) criticou duramente as alianças do rival.
Ambos fizeram referência logo na abertura ao Dia do Professor, comemorado hoje. Enquanto o petista disse ter havido uma evolução no salário dos profissionais do Estado durante o governo Jaques Wagner (PT), o democrata explorou a greve de 115 dias da rede pública em 2012. "Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão", cantou uma professora, para criticar o movimento.
ACM Neto ainda usou o mensalão, mostrou-se favorável às cotas nas universidades públicas (a cidade é a mais negra do Brasil) e prometeu ampliar o Bolsa Família, programa do governo federal, do PT. "Eles dizem que vou acabar com o Bolsa Família. É mentira", declarou.
O programa de TV também mostrou depoimentos dos senadores José Agripino Maia (DEM-RN) e Alvaro Dias (PSDB-PR), assim como uma fala do candidato a vice do PMDB no primeiro turno, Nestor Neto - o partido fechou com os Democratas na capital baiana.
Porém, sem concordar com a decisão, o candidato da sigla, Mário Kertész (terceiro na disputa, com 9% dos votos), ficou com Pelegrino. E apareceu no horário petista junto com o bispo Márcio Marinho (quarto, com 6%), do PRB.
O discurso da dupla tocou no principal ponto da campanha: a parceria com os governos estadual e federal.
O programa petista ainda ligou ACM Neto a dois tucanos paulistas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-governador José Serra, citados para contrapor "o projeto político de Lula e Dilma".
No final, alfinetou a aliança do DEM com o PMDB, "a mesma turma que elegeu em 2008 o prefeito João Henrique" -hoje dono de 75% de reprovação, conforme o Ibope.
Os dois concorrentes terminaram praticamente empatados no primeiro turno: ACM Neto com 40,17% dos votos válidos e Pelegrino, com 39,73%.
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