O senador Aécio Neves (PSDB-MG) aposta nos votos de Minas Gerais sua principal base eleitoral, para tentar passar Marina Silva (PSB) na corrida presidencial e conseguir chegar a um eventual segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff, que disputa a reeleição pelo PT. Nesta sexta-feira, 19, ao participar de ato em Belo Horizonte, o tucano afirmou que se conseguir avançar "cinco, seis pontos" nas pesquisas eleitorais no Estado "será" o presidente da República.

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Depois de cair nas pesquisas eleitorais e ver Marina se aproximar de Dilma, que lidera os levantamentos, Aécio vem recuperando terreno. Apesar de ainda aparecer em terceiro, o Ibope mostrou que o tucano subiu dos 15% que tinha em pesquisa do último dia 12 para 19% em levantamento divulgado dia 16, enquanto Dilma caiu de 39% para 36% e Marina oscilou de 31% para 30%. Ambas as pesquisas têm margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

Segundo Aécio, a coordenação de sua campanha fez uma "análise profunda" dos últimos levantamento e constatou que, nos "últimos quatro dias", a candidatura cresceu "de forma muito sólida no Estado de São Paulo, que é o mais populoso". E agora a campanha vai investir no seu Estado natal - e também da presidente Dilma, que nasceu em Belo Horizonte -, que tem o maior segundo colégio eleitoral do País e no qual o senador aparece em segundo lugar nas pesquisas, atrás apenas de Dilma.

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"Semana que vem estaremos avançando ainda mais nas pesquisas. Mas a virada tem que se dar em Minas Gerais. Minas tem a possibilidade hoje de nos dar a grande vitória no Brasil", avaliou. "Se nossa candidatura avançar na próxima semana cinco, seis pontos em Minas Gerais, que acredito ser claramente possível, serei presidente da República para fazer o maior governo da história", acrescentou o tucano, ao participar de caminhada com apoiadores na rua Padre Pedro Pinto, a área comercial mais movimentada da região de Venda Nova, em Belo Horizonte.

Aliado

Além da própria candidatura, o senador tenta alavancar a do ex-ministro Pimenta da Veiga ao governo de Minas. Segundo o Ibope, o também ex-ministro Fernando Pimentel (PT) tem 43% das intenções de voto no Estado, contra 23% do candidato tucano. Para impulsionar as candidaturas do PSDB, Aécio participará de uma maratona de eventos em Minas nos próximos dias. Além do ato de hoje na capital, o senador visitará nesse sábado, 20, Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo, no Vale do Aço.

Após cumprir agenda no Rio de Janeiro no domingo, 21, Aécio volta na segunda-feira, 22, para a região metropolitana de Belo Horizonte, onde participará de eventos em Contagem e Betim, e, na quarta-feira, 24, cumpre agenda em Uberaba, no Triângulo Mineiro, de onde segue no mesmo dia para outro evento na capital mineira. De acordo com o senador, se cada aliado seu conseguir "mais quatro ou cinco votos" na próxima semana, a vitória é certa. "Venho a Minas Gerais, à minha terra, para fazer a convocação dos mineiros para uma grande virada. Uma virada em favor do Brasil, mas também de Minas", declarou. "O mineiro experimenta várias coisas e no fim toma sua posição definitiva. Tenho certeza de que nos próximos dias vai haver uma grande reversão nas intenções de voto", completou Pimenta da Veiga.

Adversárias

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Hoje, além de conclamar os aliados a manterem o ânimo da campanha em Minas, Aécio repetiu ataques que tem feito a Dilma e a Marina. Para o senador, não há diferença entre as adversárias e Marina, apesar de estar no PSB, "é, na essência, do PT". Ele lembrou novamente que a socialista foi colega de ministério de Dilma na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e repetiu o mantra que adotou nas últimas semanas: "existe uma candidatura que representa mudança clara no Brasil e o início de um novo ciclo".