O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, foi menos enfático na manhã desta terça-feira ao falar do fim do fator previdenciário. Ao contrário do que afirmou para sindicalistas da Força Sindical na última sexta-feira, quando prometeu acabar com este mecanismo, hoje, em entrevista ao Bom Dia Brasil, da Rede Globo, ele condicionou o fim do fator à volta do crescimento econômico e à estabilidade, o que ele disse que sua eventual eleição trará ao país.
"Não disse que vou acabar (com o fator), me reuni com as centrais sindicais e assumi o compromisso de discutir alternativas ao longo do tempo para substituir o fator previdenciário." Ao falar do mecanismo criado na gestão do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, ponderou: "Nosso compromisso não é acabar sem colocar algo no lugar, mas reconhecer que este fator impacta nas aposentadorias." E evitou falar em quanto tempo será possível acabar com este mecanismo, caso seja eleito.
A apenas doze dias do primeiro turno dessas eleições, o presidenciável tucano foi cobrado por não ter ainda apresentado seu programa de governo. Mais uma vez, Aécio não deu prazo, disse apenas que "o programa sairá". E aproveitou para alfinetar a adversária do PSB, Marina Silva, que teve que voltar atrás em alguns pontos de seu programa, dizendo: "Meu programa de governo não será escrito a lápis." E emendou: "Vamos apresentar ao Brasil uma proposta para nos tirar dessa herança perversa deixada pelo PT, fui o único a apresentar propostas para o Nordeste."
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