O candidato do PSDB, Aécio Neves, convocou um time de caciques tucanos para pedir votos em seu favor no programa eleitoral da TV. Fora de um provável segundo turno e quase 20 pontos atrás de Marina Silva nas pesquisas de intenção de voto, ele foi elogiado em rede nacional pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, José Serra, candidato ao Senado em São Paulo, Marconi Perillo, candidato à reeleição em Goiás, Tasso Jereissati , candidato ao Senado no CE, Arthur Virgílio, prefeito de Manaus, Antonio Anastasia, ex-governador de Minas e candidato ao Senado, o senador Álvaro Dias, ACB Neto, prefeito de Salvador, Beto Richa, candidato ao governo do Paraná e Geraldo Alckmin, governador de São Paulo e candidato à reeleição.
O programa do candidato tucano também acabou a gestão da Petrobras e disse que "o Brasil merece esse governo que está tendo". "Eu quero Tirar a Petrobras da politica", disse Aécio, prometendo colocar na empresa uma diretoria capacitada.
Já a candidata do PT, Dilma Rousseff, voltou a atacar Marina em sua defesa da autonomia do Banco Central. Afirmando que "devemos estar mais atentos a outras formas de desvio de dinheiro da nação" além da corrupção, a propaganda petista dispara: "Marina diz que, se eleita, vai dar autonomia ao Banco Central".
"Isso significaria entregar aos banqueiros um grande poder de decisão sobre sua vida e de sua família. Os juros que você paga, seu emprego, preços e até salários. Ou seja, os bancos assumem um poder que é do presidente e do Congresso, eleitos pelo povo. Você quer dar a eles esse poder?", questiona a propaganda.
Além disso, como no rádio, Dilma afirmou ter " muita revolta e imensa repulsa" com o tema e "tolerância zero" com práticas corruptas. Durante o maior porte do programa, ela tentou explicar que o PT vem fortalecendo as entidades e instrumentos de combate à corrupção, que está mais aparente, segundo Dilma, porque está sendo mais combatida.
A fala pode ser encarada como uma resposta às denúncias de corrupção na Petrobras, em evidência desde que a delação premiada do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, ligou o esquema a importantes nomes do PT e da base aliada. A situação na Petrobras vem sendo alvo de ataques de rivais na disputa à Presidência.
"Ao longo da minha vida, ninguém nunca me viu varrer nada para baixo do tapete. Estamos combatendo a corrupção não com palavras vazias, mas com ações concretas", disse Dilma, depois de afirmar ter "imensa repulsa" pela corrupção.
De acordo com Dilma, "ainda há muito para se fazer", mas o país vem se destacando no combate a esse crime. Durante seu tempo na TV, ela tentou imprimir a sensação de que o PT criou estruturas mais eficientes para coibir a prática. Dilma citou o fortalecimento da PF, mais autonomia para o procurador geral, a lei que institui a criação dos portais de transparência e a aprovação da Lei da Ficha Limpa.
O programa de Marina Silva (PSB), afirmou que "Dilma ataca Marina Silva, mas o dialogo de Marina é com o povo brasileiro". Dito isso, Marina se defendeu em pontos em que vem sendo atacada. Ela garantiu que vai continuar com o programa Bolsa Família e que irá explorar o pré-sal, destinando seus recursos para a Saúde e a Educação.
Quanto à proposta de dar mais autonomia ao BC, Marina disse: "A autonomia do BC é para nomear técnicos competentes e garantir que eles trabalhem sem influência de políticos "preocupados com as próximas eleições". Marina pretende combinar políticas sociais já existentes com "outras políticas", sem esclarecer, no entanto, quais são essas políticas.
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