O presidente do PT, Rui Falcão, acusou na noite deste sábado (6) o presidenciável do PSDB, Aécio Neves, de "demonstrar descontrole" e partir para a "agressão rasteira" contra o partido ao gravar um vídeo no qual chamou as informações sobre a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa de "mensalão dois".
Falcão, em nota divulgada à imprensa, disse que a equipe jurídica do partido vai avaliar para tomar as medidas jurídicas cabíveis.
"Aécio faz coro a denúncias sem provas veiculadas pela imprensa a partir de um processo de delação premiada, que, em si, já carrega toda a suspeição comum a esses procedimentos", afirmou o petista.
Segundo Falcão, é "cômico " ouvir alguém do PSDB falar em dinheiro sujo e lembrou casos de corrupção envolvendo os tucanos.
Ele citou o mensalão mineiro, o esquema de corrupção nas obras do Metrô de São Paulo e a "construção de um aeroporto na fazenda de um parente do candidato".
Para o presidente do PT, Aécio deveria se preocupar com o debate eleitoral democrático e de alto nível e não usar "acusações chulas e sem fundamento" na briga para tirar a legenda do poder.
"Ao contrário do que diz o candidato, o PT não precisa de subterfúgios para se manter no poder. Nossa luta é na rua, batalhando voto a voto a preferência dos eleitores", disse.
"A gravidade das acusações do candidato tucano não podem ficar sem a resposta cabível. O vídeo está sendo analisado pelos advogados do nosso partido e as devidas providências jurídicas serão tomadas. O candidato Aécio, até pelo sobrenome que carrega, deveria pelo menos manter a dignidade enquanto caminha para a irrelevância.", completou.
Aécio gravou um vídeo divulgado em suas páginas nas redes sociais para falar sobre o assunto. Ele cumpre agenda no interior de São Paulo.
"O Brasil acordou hoje perplexo com as mais graves denúncias de corrupção da nossa história recente. Está aí o 'mensalão 2': é o governo do PT patrocinando o assalto às nossas empresas públicas para a manutenção do seu projeto de poder", atacou Aécio.
O depoimento do ex-diretor da Petrobras, que está preso, inclui uma longa lista com vários nomes de políticos, entre senadores, deputados federais, governadores e até mesmo o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), os líderes do Congresso e o ex-governador Eduardo Campos entre os que recebiam uma comissão de 3% sobre contratos fechados pela estatal. Os nomes foram divulgados neste sábado (6) pela revista "Veja", sem apresentar documentos e valores.
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