O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, participou nesta quinta-feira (7), em São Paulo, de sua primeira atividade em porta de fábrica desde o início da campanha. O tucano participou de um minicomício na porta da Voith, fábrica de máquinas e equipamentos para indústria, no bairro do Jaraguá, zona norte da capital paulista. O evento foi organizado pela Força Sindical, entidade que apoia o tucano, e a data foi escolhida para fazer um contraponto ao encontro que a presidente Dilma Rousseff terá mais tarde em São Paulo com dirigentes de centrais sindicais que irão declarar apoio à candidatura dela, inclusive parte da própria Força.

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Aécio Neves provocou a adversária petista ao recomendar que a candidata à reeleição vá para a rua fazer campanha para "olhar nos olhos das pessoas e perceber qual é o sentimento do brasileiro hoje", que segundo o tucano é de "desânimo".

O deputado Paulinho da Força (SD), principal liderança da Força Sindical, disse que Aécio não tem medo do contato com as pessoas. "Estamos aqui para mostrar que o Aécio vem para a rua porque tem cara limpa e não tem medo de olhar no olho do trabalhador. Enquanto ela faz campanha em ambiente fechado." Questionado sobre a facção da Força Sindical que apoiará Dilma, Aécio respondeu que não quer "ter o monopólio de absolutamente nada".

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Em seu discurso em cima do carro de som, Paulinho defendeu o fim do fator previdenciário, regra instituída durante governo FHC para cálculo de aposentadorias, mas evitou defender outras bandeiras históricas dos sindicatos que ele representa, como a redução da jornada de trabalho. Em entrevista na saída do evento Aécio evitou se comprometer com o fim do fator previdenciário. "O governo do PT teve oportunidade, mas não fez até agora. Eu vou trabalhar para valorizar o trabalhador brasileiro", disse o senador.

Aécio chegou ao local acompanhado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, por volta das 6h40. Os dois tomaram café na padaria próxima à indústria e conversaram com trabalhadores que saíam do turno da madrugada. Depois eles se encontraram com o candidato do partido ao Senado, José Serra, o senador e candidato a vice na chapa tucana, Aloysio Nunes Ferreira, e com o ex-governador Alberto Goldman, coordenador do comitê de campanha em São Paulo.

O trabalhador Luís Souza, que está há 39 anos na empresa na área de fundição de montagem, disse que o candidato prometeu colocar o País novamente na rota do crescimento e privilegiar a classe trabalhadora.