O senador Aécio Neves (PSDB), candidato à Presidência, criticou nesta quarta-feira (10) a proposta da adversária Marina Silva (PSB) de governar com o apoio de quadros do PT e do PSDB, se eleita. Ele afirmou que ela, se eleita, governaria com o "terceiro time" da sigla.
Durante sabatina do jornal "O Globo", Aécio não quis confirmar um eventual apoio a Marina no segundo turno. Mas disse ser obrigação de qualquer "líder político ter uma posição". Em contrapartida, afirmou só haver dois caminhos para o PSDB: "ou vence e é governo ou perde e é oposição".
"Temos [a candidatura do PSDB] uma seleção nacional qualificadíssima em todas as áreas. Eu fico olhando... Um falhou. A outra alternativa é a Marina, que fala em nova política. Será que é governar com o terceiro time do PT ou do PSDB? [...] Não busquei o segundo ou o terceiro melhor. Eu tenho os melhores", disse Aécio.
Apesar do ataque, Aécio disse que não faz "críticas pessoais" a Marina. E sinalizou que pode apoiar a candidata do PSB num eventual segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff.
Questionado sobre o tema, afirmou: "Falar sobre isso seria reconhecer que não estarei no segundo turno, o que não acredito. Mas o que posso dizer é que todo líder político tem que ter posição, mesmo que não atenda aos seus interesses políticos."
Ele afirmou ainda lamentar o fato de Marina não ter apoiado José Serra (PSDB) no segundo turno das eleições de 2010, quando Dilma foi eleita. O tucano classificou a atual corrida eleitoral como "uma segunda eleição", após a morte do candidato Eduardo Campos (PSB). Ele disse que vai virar o jogo, principalmente em Minas Gerais, Estado que governou por oito anos e também está em terceiro nas pesquisas.
Reeleição
Aécio - que foi eleito por dois mandatos consecutivos governador de Minas Gerais - se comprometeu a propor lei pelo fim da reeleição. Mas não quis se comprometer, caso eleito, a concorrer a um novo mandato se a proposta não passar no Congresso.
"Reeleição faz mal ao Brasil. Falo isso porque vivi essa experiência, sendo reeleito. É uma covardia, uma disputa desigual. E a atual presidente da República acabou por desmoralizar a reeleição", disse o tucano.
Ele defendeu sanções aos países produtores de drogas caso se verifique falhas no combate a traficantes. Ele citou como exemplo a Bolívia que, segundo ele, produz mais folhas de coca do que o consumido pela população. O excedente, avalia o tucano, vai para produção de drogas.
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