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Aécio disse ser a favor da taxação de fortunas e do casamento gay. Mas é contra a legalização das drogas | Sebastião Moreira/ EFE
Aécio disse ser a favor da taxação de fortunas e do casamento gay. Mas é contra a legalização das drogas| Foto: Sebastião Moreira/ EFE

O candidato do PSDB à Pre­­sidência, senador Aécio Neves, disse ontem que pretende extinguir, se eleito, cerca de um terço dos quase 23 mil cargos comissionados que o governo federal mantém atualmente – um corte de cerca de 7,6 mil postos de indicação política. A afirmação foi feita durante sabatina feita pelo portal G1. "O que nós vamos reduzir são os cargos comissionados, que o PT utiliza pelo país inteiro sem qualquer critério de eficiência e de meritocracia", disse Aécio.

Aécio também afirmou que pretende reduzir o número de ministérios. Hoje, a Esplanada conta com 39. O tucano pretender diminuir para 23, além de criar uma nova pasta – a da Infraestrutura – totalizando 24 ministérios. A redução do número de ministérios viria da reestruturação de outras pastas.

Durante a entrevista, o senador indicou ainda ser favorável à taxação de grandes fortunas. "Acho que pode haver uma revisão na taxação atual", declarou ao ser questionado sobre o assunto. O novo imposto, porém, viria junto com uma reforma tributária para simplificar a cobrança de impostos no país – uma proposta que pretende enviar ao Congresso Nacional logo no início do seu governo, caso seja eleito. "Só teremos espaço para diminuição da carga tributária quando encaixarmos o crescimento dos gastos correntes dentro do crescimento da própria economia", afirmou.

Ele ainda defendeu a criação de um imposto de valor agregado para substituir diversos tributos indiretos. "A­­credito ser possível fazer isso nas primeiras semanas de governo", avaliou, defendendo uma redução "horizontal" da carga tributária, em vez de setorial.

O candidato frisou ainda a importância de uma "profunda" reforma política, visando a uma conexão maior entre o povo e os parlamentares. "Também é necessário que os parlamentares tenham um mínimo de independência para exercer funções sem depender de financiamento indireto", afirmou.

Aécio também se declarou contra a legalização das drogas e a favor do casamento gay. Em relação ao aborto, ele disse defender a legislação vigente – que prevê a interrupção da gravidez em caso de estupro e risco de morte da mãe.

Licença

Aécio afirmou que irá definir amanhã se pedirá ou não licença do seu cargo no Senado para se dedicar exclusivamente à disputa pelo Planalto. Ele confirmou, porém, que não receberá salários do Senado enquanto estiver em campanha eleitoral – independentemente da decisão que tomar amanhã.

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