O candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves, disse ontem que pretende extinguir, se eleito, cerca de um terço dos quase 23 mil cargos comissionados que o governo federal mantém atualmente um corte de cerca de 7,6 mil postos de indicação política. A afirmação foi feita durante sabatina feita pelo portal G1. "O que nós vamos reduzir são os cargos comissionados, que o PT utiliza pelo país inteiro sem qualquer critério de eficiência e de meritocracia", disse Aécio.
Aécio também afirmou que pretende reduzir o número de ministérios. Hoje, a Esplanada conta com 39. O tucano pretender diminuir para 23, além de criar uma nova pasta a da Infraestrutura totalizando 24 ministérios. A redução do número de ministérios viria da reestruturação de outras pastas.
Durante a entrevista, o senador indicou ainda ser favorável à taxação de grandes fortunas. "Acho que pode haver uma revisão na taxação atual", declarou ao ser questionado sobre o assunto. O novo imposto, porém, viria junto com uma reforma tributária para simplificar a cobrança de impostos no país uma proposta que pretende enviar ao Congresso Nacional logo no início do seu governo, caso seja eleito. "Só teremos espaço para diminuição da carga tributária quando encaixarmos o crescimento dos gastos correntes dentro do crescimento da própria economia", afirmou.
Ele ainda defendeu a criação de um imposto de valor agregado para substituir diversos tributos indiretos. "Acredito ser possível fazer isso nas primeiras semanas de governo", avaliou, defendendo uma redução "horizontal" da carga tributária, em vez de setorial.
O candidato frisou ainda a importância de uma "profunda" reforma política, visando a uma conexão maior entre o povo e os parlamentares. "Também é necessário que os parlamentares tenham um mínimo de independência para exercer funções sem depender de financiamento indireto", afirmou.
Aécio também se declarou contra a legalização das drogas e a favor do casamento gay. Em relação ao aborto, ele disse defender a legislação vigente que prevê a interrupção da gravidez em caso de estupro e risco de morte da mãe.
Licença
Aécio afirmou que irá definir amanhã se pedirá ou não licença do seu cargo no Senado para se dedicar exclusivamente à disputa pelo Planalto. Ele confirmou, porém, que não receberá salários do Senado enquanto estiver em campanha eleitoral independentemente da decisão que tomar amanhã.
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