Um tumulto causado por integrantes de programas de TV impediu o candidato do PSDB, Aécio Neves, de concluir sua agenda de campanha nesta quarta-feira (3), em Santos, litoral paulista. O tucano havia se programado para fazer uma caminhada pelo centro da cidade ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas acabou desistindo depois que houve confusão.
Já na chegada ao lado de Alckmin, Aécio foi abordado por integrantes do Pânico e do CQC, ambos exibidos pela Band. Os humoristas do primeiro programa levaram seguranças para fechar o acesso a Aécio. O senador Aloysio Nunes, candidato a vice do tucano, chegou a reclamar da abordagem dos humoristas. "Respeitem os seus colegas e o candidato, que esta tentando fazer campanha", pediu.
Aécio conseguiu se posicionar para a entrevista coletiva, mas foi interrompido diversas vezes durante a entrevista por um homem que estava com microfone da Rede TV! e, aos gritos, repetia "e o desemprego?". O tucano encerrou a entrevista após apenas três perguntas. Disse que iria descentralizar a gestão portuária e promover um choque de infraestrutura para escoar a produção nacional.
Para tentar sair da confusão, Aécio foi a uma tradicional pastelaria. No trajeto, de menos de 500 metros, houve empurra-empurra e uma senhora chegou a cair no chão, e foi erguida por um apoiador do PSDB. A confusão se reproduziu dentro da lanchonete e Aécio, menos de 30 minutos depois de chegar, deixou o local.
Boatos
Ao sair, foi questionado sobre os boatos de uma renúncia à candidatura para apoiar Marina Silva, que concorre pelo PSB. "Eu sou candidato para vencer as eleições ", disse. Nos últimos dias, após esses rumores ganharem as redes sociais, Aécio passou a dar declarações incisivas sobre sua permanecia na disputa e a "confiança" de que estará no segundo turno. Hoje, ele está na terceira colocação da corrida presidencial.
Durante sua breve fala, ele voltou a dizer que Marina tem "um conjunto de boas intenções", mas não apresenta um projeto "capaz de fazer as mudanças que o país precisa". "Estou convicto que Dilma vai perder. Vejo a Marina com um conjunto de boas intenções, mas não consigo ver ali as condições adequadas para que a mudança que a grande maioria dos brasileiros espera aconteça", afirmou.
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