Testemunhas da queda do Cessna que levava Eduardo Campos nesta quarta-feira, 13, disseram que a aeronave vinha em baixa altitude desde a Praça Mauá, no centro de Santos, no litoral paulista. O avião caiu em um ponto que atinge quatro imóveis do bairro Boqueirão. "Pareceu que ele procurava a praia, ou que ele tentou desviar de um prédio vizinho a mim. Só sei que ele fez uma curva e desceu. Aí explodiu", disse a funcionária pública Flávio Capp, de 49 anos, que mora a um quarteirão de distância do local do acidente.
â Leia a cobertura completa da morte de Eduardo Campos
Os moradores do Boqueirão relataram um forte barulho de aceleração dos motores do avião, instantes antes de a aeronave cair, seguido de uma forte explosão. O avião seguia do sentido leste para o oeste, no alto do bairro, e a explosão quebrou vidros de prédios vizinhos em um raio de até 400 metros.
"Havia acabado de chegar em casa quando um estrondo quebrou a janela do meu apartamento. Foi uma gritaria geral na rua, muito fogo, gente chamuscada, vi pedaços de corpos e então começamos a socorrer quem ainda estava vivo", disse o estivador Donizete Maguila Júnior, de 37 anos, que afirmou ter sido uma das primeiras pessoas que chegou ao local do acidente.
O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella Vieira, foi a primeira autoridade política a aparecer no local, mas saiu sem falar com a imprensa. Oficiais da Aeronáutica estão no local da queda, no quarteirão entre as Ruas Alexandre Herculano e Vahia de Abreu, no Boqueirão.
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