O coordenador da ONG Afroreggae, José Júnior, responsável pela área de juventude do programa de governo de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República, encaminhou nesta segunda-feira, 11, à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) relatório sobre o ataque de hackers ao site do grupo, no sábado à noite. A polícia só vai decidir se abrirá inquérito sobre o caso depois de analisá-lo.
Os hackers, que teriam usado um servidor da Rússia, conforme verificado pelo IP (protocolo de internet, que identifica a máquina usada), dispararam "entre 50 e 60 mil e-mails" dos servidores do Afroreggae, segundo Júnior, que tirou a página do ar (a previsão é que volte nesta terça-feira). Vídeos que mostram visita de Aécio e também do candidato do PSB, Eduardo Campos, à sede do Afroreggae, foram alvos dos hackers: quando o usuário abria o vídeo, aparecia uma sequência de banners.
"O delegado não abriu boletim de ocorrência, disse que ainda não configurou um crime. Não posso dizer que partiu de um partido político, seria leviano, mas é estranho terem tentado invadir antes na véspera da visita do Aécio ao Afroreggae (dia 25 de julho), e conseguido agora, quando todo mundo está sendo bombardeado", afirmou Júnior, referindo-se à alteração de perfis de jornalistas no site Wikipédia a partir da rede do Palácio do Planalto, revelada na semana passada.
Ele também citou o depoimento que deu na última quinta-feira sobre o pastor evangélico Marcos Pereira da Silva, líder da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, a quem acusa de tramar seu assassinato, em parceria com o crime organizado. O pastor está preso sob acusação de ter estuprado uma frequentadora da igreja e ainda responde a processo por tráfico de drogas e associação para o tráfico. "Mas não posso dizer que tenha relação com o depoimento", disse.
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