A defesa do ex-governador José Roberto Arruda (PR) enviou nesta quinta-feira (11) um recurso ao STF (Supremo Tribunal Federal) em mais uma tentativa de salvar sua candidatura ao governo do Distrito Federal.

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Na peça enviada, o advogado José Eduardo Alckimin tenta derrubar a decisão tomada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no fim do mês passado, que manteve a candidatura de Arruda barrada com base na Lei da Ficha Limpa.

Para tentar convencer o Supremo que a decisão do TSE deve ser derrubada, Alckmin apresentou um precedente do próprio STF num caso que ficou conhecido como o dos "prefeitos itinerantes".

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O caso diz respeito a um prefeito que, após dois mandatos, mudou-se para o município vizinho, novamente se candidatou à prefeitura e foi eleito. A reeleição só é permita uma única vez para o mesmo cargo. Mas, historicamente, a Justiça Eleitoral decidia que, mudando a cidade, não poderia se falar num "terceiro mandato", por isso a situação era permitida.

Acontece que, em 2008, quando o prefeito ganhou a eleição no novo município, o TSE revisou sua própria posição e entendeu que este "terceiro mandato" não deveria mais ser tolerado. Por isso, impediu que o prefeito fosse diplomado.

O caso foi parar no STF. Ao analisar o processo os ministros seguiram um voto de Gilmar Mendes que defendeu a segurança jurídica. Para ele, a posição do TSE, de barrar o terceiro mandato, foi correta, mas não poderia ser aplicada pela primeira vez no meio do processo eleitoral. Por isso, o impedimento do "terceiro mandato" só poderia acontecer a partir da eleição seguinte à decisão do TSE.

Com base nessa decisão, Alckmin disse que o TSE agiu da mesma maneira com Arruda. Sempre deferiu o registro de candidaturas quando uma condenação aconteceu após o pedido de registro. Mudou sua posição, justamente, ao analisar o caso do ex-governador.

Por isso, ele quer que, tal como no caso do prefeito, o STF derrube a decisão do TSE e defira o registro de candidatura de Arruda. Não há data para uma decisão do STF. Alckmin, no entanto, espera que pelo menos uma decisão liminar (provisória) seja dada até domingo (14).

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Mais recursos

Na noite desta quinta o TSE analisará um recurso em que Arruda tenta derrubar uma decisão da própria corte, tomada no mês passado, que lhe negou o registro de candidatura.

Como o recurso apresentado serve somente para esclarecer pontos da decisão, é pouco provável que o TSE mude de posição, devendo manter Arruda inelegível. Se isso acontecer, o político passará a depender do STF para conseguir disputar a eleição.