A estratégia do PSDB em São Paulo nesta última semana foi investir em atos inspirados na onda de protestos de junho do ano passado para tentar conquistar votos para o candidato Aécio Neves. A aposta é vincular o ex-governador de Minas Gerais à ideia de mudança expressada pelos manifestantes, como o tucano já vem fazendo em seus programas de TV.
Na segunda-feira, aliados de Aécio se concentraram na Avenida Paulista para pedir votos ao tucano. Nesta quarta-feira, 22, o local escolhido foi o Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste, que em 2013 foi o palco de uma das maiores manifestações da série junina.
Como Aécio passou o dia em campanha em Minas, seu Estado natal, coube ao ex-presidente Fernando Henrique e o senador eleito José Serra representá-lo no evento. De cima de um carro de som, Serra puxou o coro de "Adeus, PT", que foi rapidamente ecoado por cerca de 10 mil pessoas que se reuniam no local.
FHC também se manifestou: "Não dá mais para seguir com a incompetência, vamos vencer. Em São Paulo, temos a obrigação de levar Aécio Neves presidente."
Além dos tucanos, o ex-jogador de futebol Ronaldo, amigo pessoal de Aécio, também subiu no carro de som para bradar por mudança.
Apesar de não ter comparecido ao ato de ontem, o governador Geraldo Alckmin também tem realizado agendas de campanha para o candidato tucano aos finais de semana. No domingo, por exemplo, ele foi a São Bernardo do Campo, na região metropolitana, para fazer uma caminhada.
Segundo o presidente do PSDB paulista, deputado Duarte Nogueira, somente na capital paulista cerca de 600 pessoas do partido foram recrutadas e estão sendo pagas pelo comitê financeiro da campanha de Aécio para fazer a panfletagem nas ruas.
O estafe de Aécio também foi reforçado pela estrutura de campanha de Alckmin, que foi eleito no 1.º turno. Cerca de 50 pessoas que trabalharam para a campanha de Alckmin foram realocados para o comitê de Aécio, entre eles o ex-chefe da Casa Civil, Edson Aparecido.
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