Candidatos a prefeito de partidos pequenos bem votados no 1.º turno ajudaram a atrair votos de legenda para vereador, no qual o eleitor opta por um partido e não por um candidato específico. Com isso, garantiram ou ampliaram as vagas na Câmara Municipal de São Paulo para suas siglas.
A ascensão de Celso Russomanno fez o voto de legenda no PRB saltar 57 vezes em relação a 2008, contribuindo para a obtenção de seis vagas pela coligação do partido. É como se 12% dos eleitores de Russomanno tivessem digitado o 10, número do PRB, duas vezes na urna, uma para prefeito e outra para vereador.
No total, foram 164 mil votos de legenda para o partido, número suficiente para preencher quase duas vagas na Câmara. Em 2008, foram 2,8 mil. A quantidade de votos para candidatos específicos da sigla cresceu 14 vezes menos que o voto de legenda.
O DEM viveu situação inversa à do PRB em 2012. Com o então candidato à reeleição Gilberto Kassab à frente da disputa em 2008, o partido obteve 421 mil votos de legenda. Sem Kassab, o número minguou para 10,8 mil. O resultado contribuiu para que o partido perdesse 5 vereadores.
O voto de legenda é considerado uma marca da identificação do eleitor com o programa do partido. PT, PSDB e pequenas siglas de esquerda são os que mais atraem esse tipo de voto.
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