• Carregando...
 |
| Foto:

Livro de cabeceira

A leitura preferida dos concorrentes ao Palácio Iguaçu:

Gleisi Hoffmann (PT): "A Casa dos Espíritos", de Isabel Allende

Beto Richa (PSDB): "Os Quatro Compromissos", de Miguel Ruiz

Roberto Requião (PMDB): "A Violação das Massas pela Propaganda Política", de Serguei Tchakhotine

Geonísio Marinho (PRTB): Bíblia

Rodrigo Tomazini (PSTU): "Revolução e Contrarrevolução na Alemanha", de Friederich Engels e Karl Marx

Tulio Bandeira (PTC): "O Julgamento de Sócrates", de Roberto Victor Pereira Sobrinho

Ogier Buchi: "Dom Quixote", de Miguel de Cervantes

Bernardo Pilotto (PSOL):"O Homem Que Amava os Cachorros", de Leonardo Padura.

A Bíblia é o livro preferido da maioria dos candidatos que disputam as eleições no Paraná. O texto religioso foi citado como obra predileta por 128 entre 694 políticos que disputam diferentes cargos no estado. Na sequência, com 18 menções, está o livro a "Arte da Guerra", de Sun Tzu.

INFOGRÁFICO: Confira outros livros citados e o grau de instrução dos candidatos

A pergunta foi feita para a criação do No Portal dos Candidatos – Candibook, plataforma que contém informações de mais de 700 políticos de todo o estado.

Entre os textos citados, os temas predominantes são religião, história do Brasil, economia e, principalmente, política. Muitos candidatos, inclusive, optaram por livros que combinam com suas ideologias e ideais partidários. Cerca de dez concorrentes do PSol e do PSTU, por exemplo, citaram livros relacionados ao marxismo e ideologias de esquerda, especialmente de Karl Marx, Friederich Engels e Leon Trotsky.

O ranking tem ainda "O Monge e o Executivo", de James Hunter, e "A Cabana", de Willian Young. 94 candidatos disseram não ter ou preferiram não declarar nenhum livro favorito.

Metade dos candidatos fez faculdade

Pouco mais da metade dos candidatos a deputado estadual, federal, senador e governador do Paraná possuem ensino superior completo: 50,12%, ou 494 políticos. Já 429 concorrentes disseram ter apenas o ensino superior incompleto ou o médio completo. Outros nove postulantes disseram somente ler e escrever. Por outro lado, 117 de um universo de 1.173 candidatos afirmam ter alguma pós-graduação, como especialização, mestrado ou doutorado. Os dados foram obtidos no Candibook e nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Cientista político do grupo Uninter, Luiz Domingos Costa afirma que os candidatos com maior escolaridade utilizam seu conhecimento como credencial e possuem uma facilidade na hora de se apresentar ao eleitor. "É uma estrutura social que os habilita mais do que outros candidatos. Ele pode ser filho de uma pessoa importante, trafegar por grupos de influência e isso pode facilitar seu acesso à política. Reforça também a desigualdade entre eles", explica.

Porém, Costa afirma que uma maior escolaridade não necessariamente se reflete em maior qualidade de um mandato. "O candidato que se elege representa uma causa e tem que buscar uma especialização, não necessariamente acadêmica, mas de conhecimentos sobre essa causa. Sua atuação vai depender do seu perfil como parlamentar", diz.

Posicionamento

Sete candidatos, cujos partidos no estado fazem parte da coligação de Beto Richa (PSDB) e oposição ao governo federal, citaram "Assassinato de Reputações, um crime de estado", de Romeu Tuma Junior, e "Década Perdida: dez anos de PT no Poder", de Marco Antonio Villa, obras que fazem severas críticas aos governos de Lula e Dilma Rousseff. Por outro lado, dois candidatos, cujos partidos são coligados nacionalmente com o PT, citaram "A Privataria Tucana", de Amaury Ribeiro Junior, que trata sobre as privatizações durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]