Alguns brasileiros burlaram as leis eleitorais e tiraram fotos junto às urnas no momento do voto durante o pleito realizado neste domingo (5) para as escolhas de presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais.
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Guia do Eleitor: confira a ordem de votação na urna eletrônica
Guia do Eleitor: encontre seu local de votação e veja os documentos aceitos na hora de votar
De acordo com a Justiça Eleitoral, é proibido tirar fotos dentro da cabine de votação. No entanto, eleitores estão registrando o momento do voto e há sites que estão compilando casos onde isto ocorreu.
Uma das que infringiram a legislação foi a produtora musical Paula Lavigne, ex-mulher do cantor Caetano Veloso, que fotografou a tela da urna eletrônica mostrando seu voto no candidato à deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL).
Depois, ela voltou às redes sociais e alegou que se tratava de uma foto-montagem. Nas redes sociais, Paula escreveu: "Não sabia que era crime postar foto-montagem simulando meu voto! Apaguei porque a repercussão mostra que não entenderam. desculpem o transtorno" (sic).
Os eleitores que tirarem "selfies" no momento da votação podem pegar até dois anos de prisão, além de ter que pagar multa, pois desrespeitam o artigo 312 do Código Eleitoral, que discorre sobre o sigilo do voto, e uma resolução do TSE que proíbe máquinas fotográficas, filmadoras, equipamentos de radiotransmissão e telefones celulares dentro da cabine.
Toffoli considera "selfie" uma vaidade
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Antônio Dias Toffoli, afirmou hoje que a corte analisará a publicação de 'selfies', embora tenha dito que a prioridade das autoridades é evitar a compra de votos e não coibir a "vaidade" dos eleitores.
"O que mais preocupa à Justiça Eleitoral não é a vaidade, é a situação em que uma pessoa seja coagida para levar um elemento de prova a quem comprou o voto", disse Toffoli em entrevista coletiva.
Ele relacionou as 'selfies' à "vaidade humana" e admitiu que não há condições de colocar detectores de metal em todos os colégios eleitorais para proibir o uso de telefones celulares ou câmeras.