A campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff protocolou nesta sexta-feira (25) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma representação contra o candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) e sua coligação e também contra a empresa Empiricus Consultoria & Negócios e o Google. Os advogados do comitê de Dilma acusam a Empiricus (companhia de análise de ações que oferece recomendações via site, chamadas telefônicas, e-mail e palestras) de veicular indevidamente propaganda paga favorável a Aécio na internet.
De acordo com a representação da campanha da petista, desde o início do período eleitoral a empresa tem disponibilizado publicidades em portais como o Estado de Minas e o Correio Braziliense, nas quais consta um link "Como Proteger seu Patrimônio da Dilma". O material prevê instabilidades na economia do país caso Dilma conquiste um segundo mandato.
"O conteúdo de sua propaganda ultrapassa qualquer limite da liberdade de informação e atenta frontalmente aos ditames da legislação eleitoral, chegando a incitar, em seu anúncio pago, um certo 'terrorismo' no mercado financeiro, em caso de vitória da candidata da Coligação Representante (Dilma) no pleito eleitoral de outubro próximo", escrevem os advogados na representação. "Nesse contexto indissociável da disputa eleitoral, resta clara a conotação eleitoral de propaganda paga na internet, cujo conteúdo é claramente difamatório e injurioso".
No documento, a coligação de Dilma, formada por PT, PMDB, PSD, PP, PR, PDT, PROS, PCdoB e PRB, pede que seja suspensa, em caráter liminar e até o final do período eleitoral, qualquer veiculação de anúncios pagos pela Empiricus que tenham referência ao pleito de 2014 ou aos candidatos a presidente. A representação também pede a aplicação de multa a Aécio, sua coligação e à empresa Empiricus no valor de R$ 30 mil. O Google consta da ação, segundo o comitê de Dilma, por ser a empresa contratada que fornece a infraestrutura virtual para a veiculação do material.
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