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O modelo Cessna 560XL Citation, usado por Eduardo Campos, é similar a esse: um Cessna 550 Citation | Cessna / Divulgação
O modelo Cessna 560XL Citation, usado por Eduardo Campos, é similar a esse: um Cessna 550 Citation| Foto: Cessna / Divulgação

Uma das empresas investigadas na compra do jato Cessna Citation 560 XLS, que caiu matando o candidato a presidente pelo PSB, Eduardo Campos, e outras seis pessoas, a Bandeirantes Companhia de Pneus Ltda., tem em seu nome outra aeronave que, em maio, foi usada pelo ex-governador de Pernambuco durante visita de pré-campanha na Bahia.

● Leia a cobertura completa da morte de Eduardo Campos

Trata-se do Learjet 45, prefixo PP-ASV, que Campos usou no dia 20 de maio, em visita a Feira de Santana. Em fotografia retirada pela imprensa durante sua chegada é possível ver a aeronave.

Mais modesto que o Citation 560 XLS, o avião biorreator usado pelo candidato naquele dia está registrado na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em nome da Bandeirantes, que tem sede em Pernambuco, e pertence a Apolo Santa Vieira. Pelo registro na Anac, o Learjet 45 foi financiado pela Bandeirantes. Como foi comprado por leasing, enquanto a empresa não terminar de pagá-lo pertence ao Bank of Utah Trustee.

Apolo Santa Vieira é um dos três empresários pernambucanos investigados pela Polícia Federal como supostos laranjas na negociação de arrendamento do Citation, que caiu em Santos (SP), no dia 13. A aeronave está em nome da AF Andrade, que está em recuperação judicial. Em maio, o empresário pernambucano João Carlos Lyra de Melo Filho assinou compromisso de compra da aeronave e indicou as empresas Bandeirantes e BR Par para assumir dívidas junto à Cesnna.

Agentes da PF, com auxílio da Receita Federal, tentam identificar de onde veio o dinheiro para a Bandeirantes Pneus, uma importadora e recuperadora de pneus, comprar o Learjet e o Citation.

Por meio de nota, a empresa informou que tentou assumir o leasing do Citation (que vale US$ 8,5 milhões), mas que a compra não se efetivou. A AF Andrade informou que já havia recebido parte das parcelas.

Apolo Viera é réu em um processo por sonegação fiscal na importação de pneus, via porto de Suape (PE), que gerou um prejuízo de R$ 100 milhões aos cofres públicos. Sua antiga empresa, a Alpha Pneus, e outras, recorrem em segunda instância.

A Bandeirantes foi criada em 2004, em Jaboatão dos Guararapes (PE) e funciona em um galpão de médio porte. A reportagem localizou uma movimentação de importação financiada registrada pelo Banco Central, em dezembro de 2010, de US$ 1,4 milhão, via banco Ilhas Cayman e Banco Safra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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