Embate final entre Aécio e Dilma será hoje à noite
Com comentários em tempo real no site da Gazeta, acontece na noite desta sexta-feira o último debate entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT)
Em uma das disputas mais acirradas do país, com cenário de empate técnico nas pesquisas, os candidatos ao governo de Mato Grosso do Sul aproveitaram o último debate do segundo turno para trocar acusações sobre o passado alheio.
Reinaldo Azambuja (PSDB) e Delcídio Amaral (PT) questionaram alianças, relembraram investigações judiciais e trouxeram à tona casos de nepotismo, no evento promovido na noite desta quinta-feira (23) pela TV Morena, afiliada da TV Globo.
O deputado federal tucano e o senador petista aparecem em empate técnico no último Ibope: 51% a 49%, respectivamente.
Em todo o segundo turno, aproveitaram para comparar biografias e atacar o partido adversário, numa reprodução da disputa PT x PSDB no plano nacional.
Logo na abertura do debate, Azambuja disse ver "uma das campanhas mais baixas da história", para em seguida questionar o adversário sobre a apreensão de materiais apócrifos numa suposta produtora do petista.
O tucano acusou Delcídio e o PT de promoverem "terrorismo barato e mentiroso", de "mentirem e iludirem as pessoas" e até de terem "experiência com compra de votos". Falou de um processo em que o adversário é investigado por improbidade administrativa, e o associou às denúncias de corrupção na Petrobras.
Delcídio, por sua vez, municiado por vários papéis, acusou a gestão de Azambuja na Prefeitura de Maracaju (1997-2004) de nepotismo, ao empregar o irmão do candidato, e de irregularidades, por supostas dívidas deixadas na previdência municipal. Citou uma investigação contra o ex-secretário de Finanças do tucano e disse que o adversário quer "dar uma de anjo", mas é "santo do pau oco".
O único momento em que os dois falaram de propostas foi durante o bloco com temas previamente determinados. Comentaram sobre sistema penitenciário (não sem uma menção a "metade do seu partido está na Papuda", em referência aos condenados no mensalão), saúde, incentivos fiscais e funcionalismo público.
O candidato tucano prometeu instituir uma gestão moderna, com meritocracia, e implantar PPPs (Parcerias Público-Privadas) para construir e administrar penitenciárias. Disse que irá mudar a lei de incentivos fiscais para interiorizar o desenvolvimento e promover mutirões para diminuir as filas por exames e cirurgias.
Já Delcídio disse que irá "estender a mão aos que mais precisam". Prometeu desonerar a cesta básica, diminuir a conta de luz, parcelar o IPVA em dez vezes e instituir restaurantes populares, com refeições a R$ 2. Também afirmou que irá implantar educação em tempo integral e com ensino profissionalizante.
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast
Eleição para juízes na Bolívia deve manter Justiça nas mãos da esquerda, avalia especialista