| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters ; Fernando Bizerra Jr./EFE ; Ueslei Marcelino/Reuters

Dilma elogia iniciativas do PT para o setor

A presidente Dilma Rousseff ressaltou que "a maioria das propostas [da entidade] faz parte das políticas que estamos implantando" e apresentou realizações do governo na área do agronegócio.

Dilma fez acenos ao setor ao defender a revisão nas normas de demarcação de terras indígenas – atualmente em curso no Ministério da Justiça – que deve incluir outros órgãos no processo, não apenas a Funai. "Nós já demarcamos 17% do território do Brasil, agora as áreas são todas de conflito, vão precisar ter um tratamento adequado. Esses temas institucionais, junto ao meio ambiente, são cruciais, não é para o avanço só do agronegócio, mas para a estabilidade institucional do país", afirmou a presidente.

Ela citou, como realizações do governo na área, o crescimento do crédito rural, a aprovação do novo Có­­digo Florestal, a expansão do seguro agrícola e os investimentos na assistência técnica rural, ressaltando a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). Sobre a reforma agrária, disse ter feito a "maior reforma agrária do país", contabilizando também o período do presidente Lula. A gestão da presidente, porém, é criticada como uma das piores nessa área.

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A quarta-feira foi de sabatina aos três principais candidatos à Presidência da República, ontem, na Confederação Nacional da Agricultura (CNA), em Brasília. Buscando a reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) defendeu o legado de 12 anos do partido no comando do país, considerando a administração de Lula (2003-2010). Para ela, boa parte da demanda do setor de agronegócios "já está em implantação". No papel de opositores, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) criticaram a gestão petista. "Falta uma política agrícola moderna, que garanta renda ao produtor", cravou o tucano, prometendo criar um superministério da Agricultura que, entre outras medidas, incorporará o Ministério da Pesca. "Não adianta ter R$ 200 bilhões de crédito e fazer conta de palito na hora de viabilizar os subsídios e as subvenções do campo", emendou o pessebista.

Aécio quer criar superministério da Agricultura

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O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, afirmou ontem, à Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que, caso eleito, pretende extinguir o Ministério da Pesca e incorporá-lo ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A pasta da Pesca foi criada em 2003 no governo do então presidente Lula. Inicialmente atuava como uma secretaria ligada à Presidência da República, transformada em Ministério em 2009.

O fortalecimento do Mapa é uma das principais demandas do setor do agronegócio. "Criarei no 1.º dia de governo um super Ministério da Agricultura, incorporando o Ministério da Pesca. No meu governo o ministro da Agricultura não vai ser subordinado ao ministro da Fazenda. Falta uma política agrícola moderna, que garanta renda ao produtor e atenda a nova economia de mercado", afirmou o tucano.

O candidato também sinalizou como trataria a questão das desapropriação de terras invadidas. "As fazendas invadidas não serão desapropriadas em um prazo de dois anos, como sinalização clara de que respeitamos o direito de propriedade." Sem dar detalhes, Aécio prometeu também implementar uma desoneração total das exportações agropecuárias e investimentos.

Campos fala em subsídios e faz defesa de Marina

Eduardo Campos prometeu aumentar mecanismos de proteção de renda e investir em logística por meio de parcerias com o setor privado. O ex-governador de Pernambuco afirmou que irá melhorar o sistema de seguros e fortalecer a interlocução dos agricultores e pecuaristas com Brasília, com mudanças no Ministério da Agricultura e criação de um conselho nacional para tratar do setor.. "Precisamos articular crédito, seguro e preço mínimo. Porque crédito sem seguro mata quem produz, quem arrisca. O sistema de seguro é muito tímido, só para catástrofe, mas não para proteção da renda", afirmou.

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Campos procurou abordar problemas do setor, e fez somente ao final uma referência às questões ambientais, como a economia de baixo carbono, tema central da pauta de Marina Silva, sua candidata à vice.

Na sessão de perguntas da entidade, contudo, foi questionado sobre o "radicalismo ambiental" que prejudica o agronegócio e correu em defesa de Marina. Ele afirmou que o Ministério do Meio Ambiente sob a "liderança" de Marina Silva "levou o país a liderar o debate ambiental nos fóruns internacionais, algo muito relevante para o Brasil estrategicamente, e fez um diálogo importante".