A pesquisa MDA, divulgada na manhã desta quarta-feira, 27, pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), apontou que 72,9% dos entrevistados afirmaram que já definiram os votos na corrida presidencial. Outros 26% disseram que ainda pode mudar em quem votar e apenas 1,1% das pessoas disseram que não souberam ou não responderam ao questionamento.
A sondagem registrou também o porcentual de definição de voto, segundo o candidato citado na intenção de voto. A presidente Dilma Rousseff tem 76,9% do porcentual de voto definido, a candidata do PSB, Marina Silva, 74,1%, e o candidato do PSDB, Aécio Neves, 64,2%. Em quem disse que ia votar em nulo ou em branco, o índice ficou em 77,6%.
"Esse é um cenário que só vai ficar mais claro com o desenrolar da situação", disse Bruno Batista, diretor-executivo da CNT.
Eduardo Campos
A pesquisa apontou que 78,2% dos entrevistados afirmaram acreditar que a comoção em torno da morte de Eduardo Campos, há duas semanas, poderá influenciar na decisão do voto. Outros 18 6% disseram que não a essa pergunta e outros 3,2% não souberam ou não responderam a esse questionamento.
A pesquisa perguntou aos entrevistados sobre qual o destino dos votos que iriam para Eduardo Campos. Para 64,9%, a sucessora dele na chapa e sua antiga vice, Marina Silva, é a herdeira dos votos de Campos, 11,5% vai para a candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff, e o tucano Aécio Neves fica com outros 6,7%.
"De jeito nenhum"
A pesquisa também mostrou que 45,5% dos entrevistados não votariam "de jeito nenhum" na presidente Dilma, 40,4% no tucano Aécio Neves e 29,3%, em Marina Silva. O questionamento busca avaliar o limite do voto dos presidenciáveis e os entrevistados podem escolher mais de um candidato em quem não votariam.
Para 23,5% dos entrevistados, Dilma é a "única" em quem votariam e para outros 26,5%, é uma candidata em que "poderia votar".
No caso de Aécio Neves, 8,1% seria o único entre todos os candidatos em que votaria e, para outros 37,9%, um candidato em quem poderia votar.
Para Marina, por sua vez, 17,2% disseram que ela é a "única" em que poderia votar e, para outros, 46,2% é uma candidata em quem poderia votar.
Metodologia
Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 24 unidades da federação das cinco regiões, entre os dias 21 e 24 de agosto de 2014. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 00400/2014.