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O PMDB do Rio de Janeiro teria fechado um acordo financeiro que envolveria o suposto o pagamento de R$ 1 milhão em troca do apoio do PTN à reeleição do prefeito da capital, Eduardo Paes, segundo reportagem publicada no site da revista Veja de sábado (28).

De acordo com a publicação, um vídeo a qual a revista teve acesso mostra imagens do presidente estadual do partido "nanico", Jorge Sanfins Esch, revelando o suposto esquema em conversas com outros integrantes da sigla.

No vídeo, diz a Veja, Sanfins Esch afirma que barrou uma candidatura própria do PTN porque acertou o recebimento de R$ 200 mil para financiar a campanha de candidatos a vereador do partido. O áudio da gravação está disponível no site da revista.

Sanfins Esch diz que o acordo foi fechado na convenção do partido em 30 de junho com o ex-chefe da Casa Civil de Paes, Pedro Paulo Teixeira. Afirma, porém, que não recebeu os recursos ainda.

Segundo a revista, a convenção do PTN em 30 de junho foi a segunda do partido em menos de quinze dias. No dia 17 daquele mês, o partido homologou a candidatura a prefeito de Paulo Memória, mas Esch cancelou o resultado deste primeiro encontro após declarar o apoio a Paes, de acordo com a Veja.

Na gravação, Esch explica o suposto motivo da mudança de postura do PTN: "Não tem condição de lançar candidatura própria. O cara dá R$ 200 mil para dentro, dá uma prata para ele tirar a candidatura dele, dá todo o material de campanha, toda a estrutura para os candidatos. Chega lá dentro se bobear tem uma gasolininha extra para botar no carro. Pô, não dá para recusar."

À Veja, a coligação de Paes nega que tenha prometido o repasse dos recursos. A assessoria do prefeito afirmou à revista que dá apenas suporte aos candidatos do PTN com material de campanha e estima o gasto de R$ 154.514 em placas e panfletos. A quantia total ainda não foi declarada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), segundo a revista.

Procurada, a assessoria de Paes disse nesta manhã que só o prefeito poderia comentar sobre o assunto e não deu sua versão para o caso. O prefeito cumpre agenda de campanha em Vigário Geral, zona norte do Rio, e sua assessoria diz que ele poderá comentar as supostas acusações após encontro com integrantes da ONG AfroReggae.

Ainda segundo a publicação, foi negociado também um segundo acerto financeiro com Esch - que completaria o R$ 1 milhão. O pagamento seria referente a uma suposta dívida que Sanfins Esch e três amigos cobram da prefeitura do Rio de Janeiro de quando eles trabalharam na RioLuz, órgão municipal responsável pela iluminação pública da cidade.

Para integrantes do partido, o presidente do PTN disse que o presidente do PMDB do Rio, Jorge Picciani, se comprometeu a ajudá-lo.

Em entrevista à Veja, Esch disse que integrou o Conselho de Administração da RioLuz durante oito anos. Como a remuneração paga pelo órgão era inferior aos de outras autarquias, Sanfins afirmou à revista que abriu um procedimento administrativo em 2008 na prefeitura junto com três ex-conselheiros para receber o valor retroativo e corrigido.

A prefeitura informa que o processo administrativo foi indeferido em 12 de dezembro por "falta de amparo legal" e que o valor não será pago.

A reportagem não localizou ainda Esch, Picciani nem Pedro Paulo Teixeira para comentarem as acusações.

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