Dependendo das coligações formadas, alguns candidatos dispõem de menos tempo de TV para propaganda eleitoral, o que estimula as campanhas a pensar em formas alternativas de atingir o eleitor.
Nas disputa presidencial, o candidato Eduardo Jorge (PV) fala pouco e chama o telespectador a conversar com ele em seu site, onde responde perguntas e apresenta propostas.
No Paraná, o candidato ao governo do estado Bernardo Pilotto (Psol) não aparece no tempo que lhe é destinado e prefere chamar o eleitor para conhecer o seu site, onde o eleitor pode passar um tempo maior. O mesmo acontece com os candidatos a deputado, que apresentam suas ideias e propostas em vídeos.
Também candidato ao governo, Roberto Requião (PMDB), que tem cerca de 30% do horário do seu principal oponente, Beto Richa (PSDB), mantém um programa próprio em seu site, no qual comenta os programas eleitorais que acabaram de ser veiculados e aproveita para responder alguns eleitores.
Para o professor de opinião pública da PUCPR, Marcos Zablonsky, a legislação eleitoral passou a ser mais dura e limitou parte das atividades de campanha dos candidatos. "Eles passam então a buscar o que a legislação permite e a internet é uma boa opção", afirma.
Zablonsky acredita que os programas de TV na web são grandes oportunidades para que o candidato exponha suas ideias e aproveite para fazer algumas provocações. "É um espaço mais livre", comenta.
Ainda de acordo com o professor, os candidatos devem estar cientes de que, o relacionamento com o eleitor na web não começa do dia para a noite. "Se o candidato quer se eleger, precisa iniciar um trabalho de relacionamento anos antes do pleito", diz. "Só assim é possível criar um perfil bastante acessado e criar multiplicadores de conteúdo".