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Gazeta comentou debate em tempo real; veja como foi

O debate da Rede Record foi comentado e analisado, em tempo real, pela Gazeta do Povo, veja como foi.

Candidatos à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) fizeram ontem à noite, na Rede Record, um debate com menos acusações e mais propostas. Ao contrário dos outros dois encontros realizados anteriormente no 2.º turno, o de ontem foi menos agressivo, embora o confronto tenha sido marcado por ataques pontuais. Vários temas puderam ser discutidos, como impostos, segurança pública e programas sociais. Em vários momentos, porém, a discussão foi permeada, por exemplo, pela corrupção na Petrobras e pela falta de investimentos em saúde no governo de Minas Gerais.

Palavras como mentiroso/a e leviano/a ficaram de fora dos quatro blocos do debate. Pri­­mei­­ra a perguntar, Dilma ques­­tionou Aécio sobre a política fiscal para micro e peque­­nas empresas. Segundo a presidente, seu governo beneficiou "mais de 450 mil empresas". Ainda no clima de cordialidade, o candidato tucano agradeceu a pergunta, sem deixar de criticar os atuais índices de desemprego. Aécio defendeu que governos devem manter bons programas dos administradores anteriores, mesmo sendo políticas de adversários.

Boa parte do primeiro bloco foi dedicada a assuntos econômicos, combate à fome e desemprego. Como nos debates anteriores, o tucano voltou a criticar o "descontrole da inflação". Aécio citou exemplos de países vizinhos em que os índices de crescimento da economia são melhores que os brasileiros, mesmo com baixa inflação. Dilma aproveitou para dizer que, para se chegar a 3% de inflação − proposta de Aécio −, o resultado seria: "recessão, desemprego, arrocho salarial e altas taxas de juros".

A paternidade dos programas sociais, mais uma vez, foi questionada pelos candidatos. Dilma defendendo o Bolsa Família, e Aécio relembrando programas iniciados no governo Fernando Henrique Cardoso. O tucano criticou a campanha do medo da adversária, afirmando que vai manter e ampliar programas sociais. Aécio também garantiu o reajuste do salário mínimo "acima da inflação até 2019". Em resposta, Dilma disse que, quando o PSDB deixou o governo, a inflação era mais alta que no final do governo Itamar Franco. Ela ainda comparou o número de beneficiários do Bolsa Família nas gestões do PSDB e do PT.

Na questão segurança pública, o roteiro foi o mesmo dos debates anteriores. Dilma criticando o aumento dos índices de violência em Minas Gerais durante os últimos três governos tucanos – dois deles de Aécio. E Aécio acusando o governo federal de ter investido apenas "20% do previsto" para o setor.

Ataques pontuais

O clima duro, mas de cordialidade, foi finalmente quebrado pelo tucano no final do primeiro bloco. Citando a investigação de desvio de dinheiro na Petrobras, Aécio questionou a permanência do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, no conselho de Itaipu. Vaccari, segundo depoimentos em delação premiada do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, seria o responsável por distribuir entre aliados o dinheiro desviado da empresa. O tucano também citou o suposto repasse de R$ 1 milhão do esquema para a campanha da paranaense Gleisi Hoffmann (PT) ao Senado em 2010.

Foi a oportunidade para Dilma relembrar que também há denúncias de que o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, morto em março, recebeu dinheiro para esvaziar a CPI da Petrobras, em 2009. A revelação também foi feita por Costa durante a delação premiada. A petista ainda citou outros casos de corrupção envolvendo tucanos, como a suposta compra de votos para a reeleição de FHC e o cartel do metrô em São Paulo.

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