Aliado de José Serra (PSDB) na eleição paulistana, o pastor evangélico Silas Malafaia divulgou vídeo nesta segunda-feira (15) no qual diz que a cartilha distribuída pelo candidato tucano nas escolas paulistas "não deturpa o conceito de família" e que compará-la ao "kit anti-homofobia", idealizado pelo adversário Fernando Haddad (PT) no Ministério da Educação, "é uma afronta à inteligência".
"Comparar a cartilha do Serra (...) com o kit gay de Haddad é uma afronta à inteligência", disse Malafaia, em vídeo com cerca de 14 minutos recheado de críticas ao ex-ministro e ao PT.
Nesta segunda, o jornal Folha de São Paulo revelou que uma cartilha anti-homofobia foi distribuída aos professores do Estado de São Paulo em 2009, durante a gestão de Serra como governador.
Na semana passada, Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, do Rio, disse que ia "arrebentar" o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, que estava à frente do MEC (Ministério da Educação) quando o governo federal produziu uma cartilha contra a homofobia que seria distribuída em escolas em 2011. O material foi apelidado por evangélicos de "kit gay" e virou munição na campanha eleitoral.
"O kit gay de Haddad, primeiro, é para ser distribuído para crianças. Segundo, faz apologia ao homossexualismo. Não defende família, não defende nada em relação a bullying, mas, doutrinariamente, defende o homossexualismo", criticou o pastor.
Apesar de reiterar seu apoio a Serra, o pastor também fez críticas ao material produzido durante a gestão do tucano, sobretudo ao conceito de homossexualismo proposto pelo texto: o de que é uma orientação sexual, e não uma doença física nem psicológica. "Que conversa é essa aqui?", critica. "O conceito da cartilha do Serra está errado. Não tem mamãe me chora. Não tenho paixão por candidatura nenhuma", diz o pastor.
Malafaia ressalvou, porém, que a cartilha tucana destaca "os valores da família" e que tenta prevenir o bullying nas escolas. "Então, querer comparar esse kit, esse lixo moral, que foi entregue a ativistas gays e que a presidente Dilma [Rousseff], que é do partido dele, impediu, e que ele tem de se explicar a grana que deu para os ativistas gays fazerem isso, com uma cartilha feita por educadores e que no seu maior bojo tem muita coisa aproveitável, eu discordo", disse.
Mais críticas
Malafaia ligou ainda Haddad ao escândalo do mensalão e criticou a gestão da ex-prefeita petista e atual ministra da Cultura, Marta Suplicy (2001-2004). "Haddad nunca reconheceu essa pouca vergonha, essa roubalheira de mensalão, e está de braços dados com esses corruptos que foram condenados no Supremo Tribunal Federal", disse.
"Será que o povo de São Paulo não lembra da experiência da Marta dirigindo São Paulo e o que ela deixou? Será que vocês vão esquecer disso?", questionou.O pastor criticou também a gestão do petista no Ministério da Educação e sua relação com a igreja. "Haddad disse que nós religiosos somos as trevas. É a maneira como ele nos vê", disse Malafaia.
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