Malucelli: suplente de Alvaro| Foto: Kiko Sierich/ Gazeta do Povo

Eles aparecem pouco nas cam­­panhas e são eleitos "por tabela". Ainda assim, os suplentes dos candidatos ao Senado têm papel importante no sistema político brasileiro. Para se ter uma ideia, hoje, dos 81 senadores em exercício, 18 são suplentes. Em outras palavras, 22% dos eleitos para esta legislatura foram substituídos, temporária ou permanentemente, por pessoas que, segundo o cientista político da Universidade Federal do Paraná Fabricio Tomio, "a quase totalidade dos eleitores desconhece".

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Segundo Tomio, esse desconhecimento esvazia a representatividade política e a suplência parece mais interessante aos políticos do que aos eleitores. Para os senadores eleitos, por exemplo, os suplentes podem servir como garantia da manutenção do mandato – que é de oito anos – caso o senador assuma outro cargo político. Para os candidatos ao Senado, suplentes podem significar apoio político e financeiro.

Por isso – e pela presença significativa deles no Senado hoje –, o cientista político diz não acreditar que uma mudança que contemple a suplência seja feita no curto prazo. A mais recente proposta ligada ao tema, a PEC 287/2013, está parada na Câmara dos Deputados. A PEC foi uma das respostas do governo às manifestações de junho do ano passado e propõe a diminuição do número de suplentes para um e a proibição da indicação de parentes ao cargo.

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