A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, contestou no início desta noite os dados apresentados pela ONG Imazon, que apontaram aumento de 191% no desmatamento da Amazônia em agosto e setembro de 2014 em relação ao mesmo bimestre de 2013. Segundo Dilma, a Imazon apresenta números sistematicamente diferentes daqueles apurados pelo governo. "Dados preliminares apontam para queda no desmatamento (em novembro)", disse a presidente.
A presidente citou ainda que, em sua gestão, a taxa anual média de desmatamento ficou em 5,6 mil quilômetros quadrados, quando era de 19 mil no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Citou também a apreensão, feita em parceria com o Ibama, de uma quadrilha que era responsável por 20% do desmatamento da Amazônia. "Sempre teremos de combater o desmatamento. Não há hipótese de a gente parar o combate", defendeu.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulga mensalmente, de maio a outubro, um relatório sobre desmatamento com bases nos dados do Deter (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real). O MMA, contudo, não fez a divulgação neste ano referente aos meses de agosto e setembro, atrasando o dado apenas para depois do segundo turno, provavelmente em novembro.
Segundo o Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento da Amazônia Legal), mais lento mas mais preciso que o Deter, no ano-base de agosto de 2012 a julho de 2013 o desmatamento cresceu 29% em relação ao ano base anterior.
Pronatec
Ao iniciar a coletiva de imprensa em São Paulo, Dilma falou sobre Pronatec, o programa de ensino técnico do governo federal. Ela chamou de "inverídica" reportagem veiculada pela imprensa hoje apontando descontrole na fiscalização do programa. "A Controladoria esclareceu perfeitamente que os cursos são fiscalizados e que nós temos que aperfeiçoar a fiscalização. Não há nenhuma irregularidade no Pronatec", disse Dilma.
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