Pressionado por sindical, Aécio promete fim do fator previdenciário
Pressionado pelos aliados da Força Sindical, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, prometeu ontem que, se eleito, vai acabar com o fator previdenciário. O mecanismo, criado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 1999 para desestimular as aposentadorias precoces, foi mantido nos governos de Lula e Dilma Rousseff. Sindicalistas cobram o fim do fator, defendido por especialistas como determinante para o equilíbrio da Previdência. Além de voltar-se contra uma medida tomada pela gestão do PSDB no Palácio do Planalto, a promessa destoa do discurso de austeridade econômica de Aécio. "Vamos encontrar uma alternativa para acabar com o fator previdenciário O atual governo trabalhou de costas para o trabalhador", disse o tucano durante evento com mulheres sindicalistas na sede da Força, em São Paulo.
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Coordenador de Marina desmente boato de fim do Ministério do Esporte
O coordenador-geral da campanha de Marina Silva (PSB), Walter Feldman, disse ontem que Marina não pretende acabar com o Ministério do Esporte caso eleita. Segundo o coordenador, a informação é mais um boato criado pelos adversários da candidata e não tem fundamento. Na semana passada, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, publicou uma nota dizendo haver "preocupação" do ministério com relação a uma fala de Marina, quando ela disse que não faria uma reforma ministerial de forma apressada, não respondendo diretamente se cortaria a pasta. "A Marina vai acabar com o Bolsa Família, segundo o PT, com o Minha Casa, Minha Vida, vai cancelar a Olimpíada [do Rio em 2016] e até deletar a Copa", disse Feldman ao ironizar as críticas. "No governo Marina Silva, o esporte vai ter peso, vai cumprir o seu papel", afirmou.
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A pouco mais de duas semanas da eleição, a vantagem da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, sobre a adversária do PSB, Marina Silva, aumentou de três para sete pontos porcentuais no 1.º turno, segundo pesquisa do Datafolha divulgada ontem.
INFOGRÁFICO: Veja os números da corrida presidencial
O índice de intenções de voto na petista oscilou de 36% para 37% a margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos. Já a ex-ministra do Meio Ambiente caiu de 33% para 30%. Até o levantamento anterior, divulgado no dia 10, as duas apareciam em empate técnico, considerando a margem de erro. O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, oscilou de 15% para 17%.
Em um eventual 2.º turno, Marina e Dilma aparecem empatadas tecnicamente. A ex-ministra tem 46%, ante 44% da atual presidente. Na pesquisa anterior, Marina tinha 47% e Dilma, 43%. A diferença entre as duas numa eventual segunda rodada, com vantagem para a presidenciável do PSB, chegou a 10 pontos porcentuais no fim de agosto 50% a 40%.
No outro cenário de eventual 2.º turno avaliado pela pesquisa, a presidente ganharia de Aécio por 49% a 39%. O instituto simulou ainda uma disputa em 2.º turno entre Marina e Aécio. A candidata do PSB tem 49%, ante 35% do candidato tucano.
Marina Silva disse não estar "preocupada" com sua queda nas pesquisas e que não vai "entrar no jogo do vale tudo para ganhar as eleições" de outubro. "Não estou preocupada [com a queda nas pesquisas] porque, para mim, estamos dando uma contribuição cidadã", disse.
O comitê de Dilma Rousseff, por outro lado, comemorou os números. Com o resultado, coordenadores da campanha petista querem ampliar a operação para "desconstruir" a candidata do PSB, explorando na TV e nas redes sociais o que chamam de "dubiedades" e "fragilidades" da concorrente.
Já Aécio afirmou que precisa apenas de "cinco ou seis pontos" em Minas Gerais, sua base eleitoral, para vencer a disputa nacional nas urnas. "Se a nossa candidatura avançar cinco, seis pontos em Minas Gerais, que eu acredito que é claramente possível, serei presidente", disse o tucano, durante caminhada em Venda Nova, na região norte de Belo Horizonte.
MP quer inspeção do TCU nos Correios sobre suposta ajuda a Dilma
Estadão Conteúdo
O Ministério Público pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) a abertura de uma inspeção nos Correios para apurar o envio de santinhos da presidente Dilma Rousseff a eleitores sem chancela ou comprovante de postagem. A estampa oficial serve para comprovar que o material foi pago e enviado de forma regular e nas quantidades contratadas. Na representação, baseada em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada ontem, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira diz que a situação, se comprovada, "afronta o processo democrático" e impõe duras penas aos responsáveis.
"A 'má utilização' de empresas públicas por agentes do Estado para finalidades político-partidárias é fato atentatório à República. No período eleitoral, a utilização dos Correios nos moldes citados constitui afronta ao processo", justifica o procurador. Segundo ele, o TCU, com a expertise de sua área técnica, tem condições de esclarecer o episódio rapidamente e, caso necessário, adotar as medidas corretivas e sanções cabíveis.
Segundo O Estado de S. Paulo, os Correios abriram exceção para a campanha de Dilma e enviaram, sem chancela, 4,8 milhões de folders para a Grande São Paulo e cidades do interior.
A estatal admite ter autorizado a remessa, em caráter "excepcional", devido a um erro gráfico que fez com que a estampa não fosse impressa. Ontem, Dilma disse que sua campanha pagou pelo que foi enviado e que o caso é um "factoide".
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