O candidato do PSol ao Senado pelo Paraná, Luiz Romeiro Piva, mais conhecido como Professor Piva, é contra a reeleição em qualquer nível eletivo. Para ele, postulante ao cargo de senador pela segunda vez consecutiva em 2010 recebeu 34.179 votos , o mecanismo de permanência no poder acaba sendo utilizado para benefício próprio.
"O candidato não irá representar o povo, mas fará de tudo para juntar dinheiro para usar na eleição. Precisamos acabar com a figura do político profissional", ressalta Piva, referindo-se abertamente ao concorrente Alvaro Dias (PSDB), que está há 16 anos consecutivos no Senado.
O candidato também aproveitou para criticar a gestão estadual. Para ele, o governador Beto Richa (PSDB) "luta pouco" por recursos para o Paraná e realizou uma administração "fraca". "Depois da rebelião em Cascavel, a minha impressão é que a única coisa organizada no Paraná é o crime organizado", cutucou.
Dentre as propostas, Piva ressalta a necessidade de uma consulta popular em relação a manutenção do Senado. Para o candidato, o ideal seria substituir a forma atual com 81 senadores por um modelo unicameral, no qual as prerrogativas passariam para os deputados federais.
"A existência das duas Casas faz com que matérias de interesse da grande massa demorem muito tempo para serem aprovadas. Além disso, a sociedade civil tem um poder de pressão maior sobre os deputados, enquanto sobre os senadores é muito pequena", diz.
Caso eleito, promete não ser o senador de "uma área só", apesar da proximidade com a educação, pois é professor do quadro estadual. "Se aparecer uma votação de qualquer tema é preciso votar. Sempre vou procurar votar com os anseios da sociedade organizada", conclui.
Leia a íntegra da entrevista
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; acompanhe o Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?
Deixe sua opinião