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 | Fotos: José Paulo Lacerda/CNI
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A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou ontem que a ação de seu governo foi fundamental para reduzir os efeitos da crise mundial sobre o país – crise que, segundo ela, é responsável pelo Brasil ter tido um crescimento menor do que o esperado nos últimos anos. Segundo ela, as medidas anticíclicas, como o aumento de crédito, a desoneração de tributos e o direcionamento de compras governamentais foram importantes para manter a economia girando num momento ruim.

Dilma afirmou que, em um segundo mandato, centraria a sua política para a indústria em sete eixos: crédito subsidiado, direcionamento das compras governamentais, foco na educação técnica e científica, investimento na infraestrutura, diminuição da burocracia e fortalecimento das parcerias privadas, incluindo as concessões – que Dilma afirma que irá ampliar. A presidente disse ainda – sob aplausos – que irá levar em consideração os 42 pontos levados a ela pelo empresariado.

Queixas

Na seção de perguntas que se seguiu a sua palestra de 30 minutos, Dilma ouviu queixas do setor, como a de que a indústria de transformação do país estaria sofrendo devido a um "tripé do mal", composto por juros, câmbio e tributos. Os empresários cobraram reformas da presidente, com ênfase na reforma política. A petista se comprometeu a trabalhar pelas mudanças solicitadas.

Até mesmo quando os empresários questionaram sobre a possibilidade de flexibilização de leis trabalhistas, a presidente disse que não pretendia fugir do tema. Afirmou que poderia enviar um projeto de reformas para o Congresso Nacional desde que ele não mexesse em alguns itens básicos – como o décimo terceiro salário e o FGTS – e de que fosse feita uma discussão prévia para que se obtivesse um consenso mínimo sobre o tema. Caso contrário, disse ela, a tendência seria de o projeto não ser aprovado.

Assim como os adversários, ela também defendeu a importância da relação comercial do país com Estados Unidos e Europa. Mas, diferentemente dos outros, ressaltou também a importância da relação com os países da América Latina e os emergentes, "sem preconceito".

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