Marina vota em Aécio
Terceira colocada no primeiro turno da eleição presidencial, Marina Silva (PSB) declarou na manhã deste domingo (12) que vai não apenas votar, como fazer campanha para o adversário de Dilma, Aécio Neves (PSDB).
Em seu anúncio, a ecologista destacou a necessidade de uma alternância de poder no Brasil, além de elogiar os compromissos do tucano com a democracia, o meio ambiente e as políticas sociais. Leia matéria completa.
A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) disse neste domingo (12) que "não acredita em transmissão de votos". Segundo ela, "o voto é de cada brasileiro". Mais cedo, a candidata derrotada pelo PSB, Marina Silva, declarou seu apoio a Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da eleição presidencial.
Perguntada se a articulação da campanha não teria falhado ao não ter conseguido o apoio da ex-senadora, Dilma disse que não. "Muitas pessoas de outros partidos vieram para a nossa campanha. Quem está do lado do nosso adversário é porque respeita outro projeto que não é o nosso", disse. A presidente reiterou que é contraria à independência do Banco Central e redução do papel dos bancos públicos no financiamento do crescimento econômico.
"Eu não incorporo algumas coisas no meu programa nem que a vaca tussa", disse a candidata à reeleição, que falou durante entrevista coletiva em uma unidade do Centro Educacional Unificado (CEU) na zona leste de São Paulo.
Dilma afirmou ser "compreensível" Marina ter declarado apoio ao seu adversário "porque, no que se refere à economia, os programas de governo dos dois são bastante próximos".
A presidente também criticou a gestão de Aécio Neves no governo de Minas Gerais, especialmente no combate à mortalidade infantil. De acordo com ela, enquanto o governo federal reduziu em 33% as mortes infantis, Minas Gerais reduziu em apenas 19%.
"Estados do Nordeste como Bahia e Pernambuco reduziram mais. No Sudeste, São Paulo e Rio reduziram mais a mortalidade infantil do que Minas Gerais", disse Dilma.
Petrobras
A petista voltou a falar sobre as denúncias de corrupção que estão sendo feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e pelo ex-doleiro Alberto Youssef no programa de delação premiada. "Eu sou a favor da publicação ampla. Não de partes do processo", voltou a criticar. Dilma questionou o porquê de haver sigilo e justiça para parte do processo e para outra não. "Eu só digo que acho isso muito estranho", afirmou.
A candidata voltou a defender que é favorável a que se puna qualquer pessoa que se envolva com práticas de corrupção, mesmo que seja do PT. "Sou a favor que se investigue e publique. Mas que haja punição. Porque não adianta investigar, publicar e não haver punição. Sem punição não acabaremos com a corrupção em nosso País", disse.
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