Se Aécio Neves (PSDB) saiu na frente pela busca do apoio de Marina Silva (PSB), a presidente Dilma Rousseff (PT) conseguiu montar mais palanques estaduais para disputa do segundo turno. A petista terá a seu lado a maioria dos governadores eleitos no primeiro turno e a maior parte daqueles que passaram para o segundo turno nas disputas estaduais.
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Dos 13 governadores eleitos no domingo, Dilma, em princípio, já conta com o apoio de sete: Fernando Pimentel (PT-MG), Rui Costa (PT-BA), Wellington Dias (PT-PI), Jackson Barreto (PMDB-SE), Marcelo Miranda (PMDB-TO), Raimundo Colombo (PSD-SC) e Renan Filho (PMDB-AL). Já Aécio conta com Geraldo Alckmin (PSDB-SP), Beto Richa (PSDB-PR) e Paulo Hartung (PMDB-ES).
Os outros três eleitos no primeiro turno Pedro Taques (PDT-MT), Flávio Dino (PCdoB-MA) e Paulo Câmara (PSB-PE) ainda não declararam para que lado seguirão na reta final da campanha ao Planalto.
Hoje, Dilma se reúne com governadores. Ela vai pedir o empenho deles para ajudar na sua reeleição. A expectativa é de que mesmo os reeleitos não desmobilizem suas campanhas completamente para ajudá-la.
O foco da presidente Dilma será assegurar a vantagem sobre Aécio Neves, em Minas Gerais, onde conta com um importante aliado: o governador eleito Fernando Pimentel (PT), amigo pessoal da presidente. A campanha vai dar atenção especial também ao Rio de Janeiro e São Paulo, onde obteve a metade dos votos de Aécio, além dos estados do Sul. No Nordeste, o foco será Pernambuco, onde Dilma conseguiu 44%, mas foi ultrapassada por Marina Silva (PSB), que obteve 48%.
Pobres
Após passar o dia inteiro reunida com seu comando de campanha, no Palácio da Alvorada, Dilma concedeu ontem uma entrevista coletiva em que voltou a criticar Aécio. Dilma elevou o tom da disputa e reforçou o discurso de que irá comparar seu governo e o do ex-presidente Lula com o do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). "O PSDB jamais colocou pobres no orçamento", disse Dilma, enfatizando que as políticas sociais de FHC "eram feitas para poucos".
O foco da presidente Dilma é desconstruir Aécio e atacar a política econômica do governo FHC, ao mesmo tempo em que tenta atrair os eleitores de Marina. "Comparem a minha recessão com a dele [de FHC]", alfinetou Dilma.
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