A presidente Dilma Rousseff (PT) desdenhou o apoio de Marina Silva (PSB) ao candidato Aécio Neves (PSDB). Para a petista, isso não significa que o tucano herdará os 22 milhões de votos que Marina recebeu no primeiro turno. "Eu não acredito em transferência automática de votos", disse a presidente.
Dilma afirmou ainda que acha compreensível o apoio de Marina por causa da afinidade do programa da ex-senadora com o do PSDB de Aécio. "Eles são a favor da independência do Banco Central, nós não somos. Eles são a favor de reduzir o papel dos bancos públicos, nós não somos. Porque reduzir o papel dos bancos públicos significa acabar com Minha Casa Minha Vida concretamente. Tem coisa que eu não incorporo [no meu programa] nem que a vaca tussa: reduzir o papel de banco público, flexibilizar direito trabalhista."
Dia das Crianças
Em evento sobre o Dia das Crianças, Dilma criticou ainda os programas sociais de Aécio para a área da infância quando ele era governador de Minas Gerais. Segundo ela, Minas foi o estado que teve a menor redução da taxa de mortalidade infantil entre 2003 e 2010. O evento ocorreu num prédio da prefeitura de São Paulo, o Centro de Estudo Unificado (CEU) Jambeiro, em Guaianazes, na zona leste da capital paulista. No local, a presidente assistiu a uma apresentação de ginástica e assinou um compromisso com a Fundação Abrinq, segundo o qual promete adotar as sugestões da entidade num eventual segundo mandato. Dilma prometeu universalizar o acesso a creches até 2016 para crianças de quatro a cinco anos. Atualmente, 89% das crianças nessa faixa etária têm acesso a creches.
Televisão
O programa de ontem de Dilma na televisão também foi centrado nas crianças. A própria candidata fez um retrospecto do que seu governo promoveu para "reduzir a pobreza" e "tirar as crianças da rua". Dilma afirmou ainda que a criança continuará sendo prioridade do governo em um eventual segundo mandato e comparou números de sua administração com a do governo tucano. No programa, ela também reforçou a intenção de combater a corrupção e a de integrar a segurança, com ação vinculada entre os estados e o governo federal.
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