Sabatina
A presidente Dilma Rousseff falou na sabatina do Estadão sobre vários outros temas. Confira:
Saída de Guido Mantega
A presidente confirmou que o ministro da Fazenda não continuará no cargo caso ela seja reeleita. De acordo com Dilma, a saída de Mantega seria por razões pessoais. "O Mantega já me comunicou que não tem como ficar num segundo mandato. Por questões eminentemente pessoais, que vocês têm que respeitar", disse a presidente em sabatina ao jornal O Estado de S. Paulo.
Volta, Lula
Dilma disse não se incomodar com o movimento "volta, Lula", que pede que o ex-presidente se candidate em seu lugar neste ano. "Todo mundo que apostou em algum conflito entre eu e o Lula errou. Tenho com o Lula uma relação fortíssima, pessoal", afirmou. "Eu apoiarei o Lula em qualquer circunstância. O que ele quiser fazer, eu apoiarei. Estarei com ele em todas as circunstâncias, não só em 2018."
Atraso de obras
Em relação a atrasos nas obras do governo federal, como é o caso da transposição do Rio São Francisco, Dilma afirmou que "só não atrasa obra de engenharia quem não faz" e justificou que a transposição exige diversas obras espalhadas por vários Estados para ser potencializada.
A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que jamais imaginou haver "malfeitos" em negócios envolvendo a Petrobras tanto no período em que esteve à frente do Conselho de Administração da estatal quanto nos três anos e meio de seu governo. A afirmação foi feita durante sabatina feita pelo jornal O Estado de S. Paulo, no Palácio da Alvorada, em Brasília. "Se houve alguma coisa, e tudo indica que houve, eu posso te garantir que todas, vamos dizer assim, as sangrias que eventualmente pudessem existir estão estancadas", disse a presidente.
Para a presidente, o envolvimento de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da empresa, "é estarrecedor". "Em nenhum momento houve [desconfiança]. É interessante que lembremos que ele [Paulo Roberto Costa] é um quadro da Petrobras. O que é mais estarrecedor. Ele vinha fazendo carreira. É de fato surpreendente que ele tenha feito isso. Isso não faz parte da Petrobras", afirmou.
Preso desde março, Costa começou a contar tudo o que sabe sobre um esquema que teria desviado R$ 10 bilhões em um acordo de delação premiada. De acordo com reportagem da revista Veja, Costa cita como beneficiários de propina em esquema na Petrobras o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), e os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Henrique Alves (PMDB-RN), respectivamente. Estariam envolvidos também políticos do PT e do PP.
Dilma afirmou que já pediu oficialmente o compartilhamento das informações à Polícia Federal e ao Ministério Público para avaliar o envolvimento de pessoas ligadas ao governo. A presidente afirmou que, enquanto isso não acontecer, não tomará nenhuma medida baseada apenas em reportagens.
"Sou presidenta da República, tenho que acatar as informações da Polícia Federal, do Ministério Público. (...) Eu não quero dentro do meu governo qualquer pessoa que esteja comprometida com malfeito. A imprensa não tem um foro inequívoco para dizer quem eu posso ter ou não. Eu quero a informação a mais profunda possível", disse.
Durante a entrevista, Dilma defendeu ainda a presidente da Petrobras, Graça Foster, e afirmou que a empresa melhorou sua gestão neste período, além de ter ampliado os canais de transparência. "Eu acho que ela aumentou a qualidade da gestão e quem vier depois tem que melhorar também. É obrigação de uma gestão", disse.
Para Dilma, os esquemas de corrupção revelados ao longo dos doze anos de governo do PT se deram porque a Polícia Federal e o Ministério Público ganharam autonomia para investigar. "Quem não investiga não descobre. Fica claro que esse governo investigou e descobriu", disse.
Aécio ganha "última chance" e ataca o PT
Agência O Globo
Para especialistas, a campanha para presidente chegou a um novo ponto após as denúncias feitas por Paulo Roberto Costa envolvendo políticos da base da presidente Dilma Rousseff, além do ex-governador Eduardo Campos, do PSB, morto em acidente aéreo. Eles dizem que o candidato do PSDB, Aécio Neves, tem nas mãos a última oportunidade de mudar o jogo eleitoral. Por isso, acreditam, o tucano dedicará boa parte de sua propaganda de rádio de tevê ao assunto. Já no programa de tevê de hoje, Aécio deve explorar de forma agressiva as denúncias.
"Para o PSDB, será a última oportunidade de reverter o atual quadro eleitoral na corrida presidencial, já que o partido não teve nomes de seus integrantes ligados às denúncias, pelo menos até agora", diz Vera Chaia, professora da PUCSP, acrescentando que Dilma e Marina Silva deverão negar envolvimento no caso e desqualificar as denúncias.
Ontem, Aécio afirmou que a presidente Dilma Rousseff se beneficiou politicamente do esquema de corrupção em investigação na Petrobras. "Não acredito que a presidente da República tenha recebido recursos desse esquema. Mas, do ponto de vista político, ela foi beneficiária, sim. E tinha a obrigação de saber aquilo que acontece no seu entorno", disse o tucano, que fez campanha em Belém (PA).
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