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Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT: projeto é manter o Brasil como “país de classe média” | Ichiro Guerra/Sala de Imprensa Dilma-
Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT: projeto é manter o Brasil como “país de classe média”| Foto: Ichiro Guerra/Sala de Imprensa Dilma-

Em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, na noite de ontem, a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) criticou os governos do PSDB por, segundo ela, "engavetarem" denúncias de corrupção e sobrou a responsabilidade de governos estaduais e municipais na área da saúde pública. A presidente disse ainda que nos próximos anos, caso seja reeleita, trabalhará para manter o Brasil como "um país de classe média" .

Questionada sobre casos de corrupção em seu governo, Dilma disse que as gestões do PT foram as que mais combateram os maus feitos. "No meu governo e no do presidente Lula, a Polícia Federal ganhou imensa autonomia para investigar, descobrir e prender. Além disso, temos relação respeitosa com o Ministério Público e não tivemos um procurador-geral da República chamado de engavetador", disse, em referência a Geraldo Brindeiro, procurador-geral da República durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que ficou conhecido como "engavetador geral da República". Ela ressaltou, no entanto, que nem todas as denúncias de escândalos resultaram em punições e condenações no governo do PT.

A petista também teve de responder sobre as condenações decorrentes do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). Questionada sobre a postura de seu partido, que chamou de "guerreiros" os condenados José Dirceu e José Genoino, Dilma disse que respeita a decisão da Corte. "Eu sou presidente da República e não faço nenhuma observação sobre os julgamentos realizados pelo Supremo Tribunal", afirmou. "Enquanto eu for presidente, eu não externarei minha opinião a respeito do julgamento do Supremo."

Saúde

Dilma defendeu que estados e municípios trabalhem para melhorar o atendimento de saúde pública e disse que o governo federal assumiu responsabilidades de outras esferas. "Não acho [que a situação é boa], até porque o Brasil precisa de reformas federativas. Nós assumimos, no caso do [programa] Mais Médicos, o atendimento a postos, que é uma responsabilidade compartilhada. Agora, consideramos tratar das especialidades".

A petista disse ainda que a economia dará sinais de recuperação no segundo semestre. "Enfrentamos a crise, pela primeira vez, não desempregando, não arrochando salários, não aumentando tributos. Pelo contrário, reduzimos a incidência de tributos sobre a cesta básica", afirmou. "Todos os índices indicam recuperação no segundo semestre, a inflação cai desde abril, no último dado chegou a 0,08%. Preparamos o Brasil para um novo ciclo de crescimento. Queremos continuar a ser um país  de classe média."

Dilma foi a terceira presidenciável entrevistada no Jornal Nacional: antes, foram ouvidos os candidatos do PSDB, Aécio Neves, e do PSB, Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo na semana passada. Hoje será entrevistado o candidato do PSC, Pastor Everaldo.

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