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Primeiro turno

Campanha tucana propôs acabar com o mecanismo, mas voltou atrás

Das agências

A revisão do fator previdenciário é uma das bandeiras do movimento sindical no país. Sobre o tema, o presidenciável Aécio Neves (PSDB) foi o primeiro candidato, no primeiro turno, a se manifestar favoravelmente à revisão do mecanismo. Após sua declaração, a campanha da então candidata do PSB, Marina Silva, também seguiu na mesma linha.

A campanha do tucano chegou até a anunciar, no primeiro turno, que ele acabaria com o fator previdenciário. Depois, o tucano teve de esclarecer que apenas se comprometeu a discutir o assunto. No seu site, Aécio propõe "promover a revisão do fator previdenciário, buscando diminuir seu impacto negativo sobre as aposentadorias, por meio do diálogo com centrais sindicais e aposentados".

O tema também foi tratado no debate de terça-feira na TV Band. Na ocasião, o tucano falou sobre encontrar um modo mais justo de resolver o problema da previdência.

A presidente e candidata Dilma Rousseff (PT) disse a sindicalistas que pretende criar uma mesa de negociação tripartite – com trabalhadores, governo e empresários – para voltar a debater o fim do fator previdenciário, mas preferiu não se comprometer em acabar com o mecanismo. "Ela disse: 'Eu não vou enganar vocês porque estou em campanha, não vou dizer que vou acabar com o fator previdenciário, mas vou retomar o processo de debate como fizemos no governo Lula'", relatou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, após deixar a gravação que a presidente fez ontem com cerca de 200 sindicalistas, em São Paulo.

O vídeo, a ser inserido no programa eleitoral de Dilma, mostrará uma espécie de sabatina de sindicalistas com a presidente. De acordo com o presidente da UGT, Ricardo Patah, que também participou da gravação, Dilma afirmou que seria "demagogia" prometer o fim do fator previdenciário. O adversário da presidente, o tucano Aécio Neves, chegou a se comprometer em acabar com o mecanismo, mas depois afirmou que, se eleito, vai rever (leia mais ao lado).

"O compromisso da presidenta, que é um compromisso que não é demagógico, é de que as mesas de negociações continuem para que a gente possa dar passos importantes nas questões trabalhistas", disse o presidente da UGT. A falta de canais de diálogo com a presidente foi uma reclamação constante das centrais sindicais durante o governo Dilma. Patah disse também que a presidente garantiu que não haverá flexibilização da CLT "nem que a vaca tussa".

Em relação ao salário mínimo, Dilma se comprometeu a mandar um projeto de lei para manter o atual formato de reajuste, que vencerá em 2015, feito com base no INPC mais o PIB do ano anterior. A proposta atende a demanda dos sindicalistas.

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