A presidente Dilma Rousseff (PT) fez ontem críticas indiretas ao partido de seu adversário Aécio Neves (PSDB) ao dizer que o governo do PT tem uma atitude de mais respeito com os trabalhadores diante da crise financeira mundial que, segundo ela, ainda não acabou. "Nosso projeto é de passar e superar a crise garantindo emprego e renda e mantendo a valorização do salário mínimo", afirmou. Segundo Dilma, não se pode permitir que o país retorne ao tempo daqueles que "sempre combateram a crise reduzindo salários".
Dilma defendeu a bandeira da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de negociação coletiva de salários e criticou propostas de adversários que falam de flexibilização das leis trabalhistas. "Flexibilizar é mudar no mau sentido", disse. Segundo ela, é preciso assegurar que os brasileiros avancem em seus direitos e "não voltem para trás".
A presidente e candidata disse que sua reeleição é a continuidade de "um projeto". Em um outro momento de críticas indiretas aos tucanos, Dilma disse que esse projeto foi o que garantiu que o país não ficasse mais de joelhos para o Fundo Monetário Internacional (FMI). Dilma lembrou que, antes do governo Lula, o país devia US$ 37,8 milhões ao Fundo e que, agora, possui reservas dez vezes maiores do que isso, de US$ 380 milhões.
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