A coligação de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) deflagrou uma ofensiva jurídica para pedir direitos de respostas nos últimos dias. Ontem, o presidente do partido, Rui Falcão, anunciou que a campanha de Dilma vai ingressar, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contra o programa eleitoral da ex-ministra Marina Silva (PSB) que apontou a petista como responsável pelo prejuízo da Petrobras na compra da refinaria de Pasadena (EUA). A coligação de Dilma pedirá à Justiça direito de resposta no horário eleitoral.
"Ela [Marina] excedeu todos os limites de desfaçatez, igualando as práticas mais obscuras da velha política", disse Falcão.
A assessoria jurídica do comitê pela reeleição de Dilma também informou ontem que vai pedir direito de resposta contra o candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves. O advogado da campanha, Flávio Caetano, disse que a medida terá como alvo o programa do tucano de terça-feira, no qual a administração do PT é apresentada como um governo "de improviso", que "não entrega obras não planeja". Segundo Caetano, a peça também sugere que o governo do PT apenas financia projetos fora do país, como o porto de Muriel, em Cuba.
Apesar da ofensiva, a campanha petista teve, nos últimos dias, mais derrotas do que vitórias na Justiça Eleitoral. O TSE negou quatro representações da coligação de Dilma Rousseff contra propagandas de Aécio. A propaganda tucana apontava que tanto Dilma como Marina foram ministras do ex-presidente Lula durante o período do esquema conhecido como mensalão.
Mas o TSE concedeu direito de resposta a Dilma na propaganda eleitoral do candidato do PSC, Pastor Everaldo. O ministro relator, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, entendeu que o PSC "foi além" e não se limitou a tecer críticas de natureza política. "Ao se valerem dos termos corrupção e roubalheira, os representados fizeram alusão direta a crimes e, ao relacionarem tais práticas ao governo petista, infringiram a lei eleitoral", afirmou o ministro.
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