Cenário
Avaliação positiva do governo melhora e ajuda petista
Das agências
A aprovação pessoal do desempenho da presidente Dilma Rousseff no governo também cresceu, de acordo com pesquisa CNT/MDA. O cenário explica a recuperação da presidente na pesquisa de intenção de voto, tendo empatado tecnicamente no segundo turno com a candidata do PSB Marina Silva.
A aprovação da presidente subiu de 47,4% na pesquisa anterior, divulgada no dia 27 de agosto, para 52,4%. Já a avaliação positiva do governo oscilou de 33,1% para 37,5%. Nos dados detalhados, a avaliação da presidente foi de 7,7% de ótimo, 29,8% de bom, 39% de regular, 10,8% de ruim, 12,2% de péssimo e 0,5% não souberam ou não responderam.
"Alguns indicadores sociais passaram a ser melhor avaliados pela população, o que explica a subida da presidente", analisou o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, que atribui à propaganda de rádio e tevê as melhorias na imagem de Dilma.
Petrobras
Pelo período das entrevistas, entre 5 e 7 de setembro, a pesquisa não captou ainda as possíveis consequências das mais recentes denúncias envolvendo a Petrobras, com a delação premiada do ex-diretor Paulo Roberto Costa apontando aliados do governo federal, ministros, governadores, senadores e deputados entre eles, como beneficiários de um esquema de corrupção na estatal.
Nova pesquisa de intenções de voto das eleições presidenciais, divulgada ontem pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), feita pelo instituto MDA, mostra a presidente Dilma Rousseff (PT) isolada na liderança no primeiro turno e empatada com a candidata do PSB, Marina Silva, no segundo turno.
INFOGRÁFICO: Veja os números da corrida presidencial
Ambas cresceram em relação à pesquisa anterior da MDA, divulgada no último de agosto, mas o crescimento maior ainda foi de Marina, embora ela não tenha aparecido tecnicamente empatada com Dilma neste levantamento.
Dilma interrompeu uma oscilação negativa e subiu de 34,2% das intenções de voto para 38,1%, no primeiro turno. Já Marina manteve trajetória ascendente e foi de 28,2% para 33,5% das intenções de voto. O tucano Aécio Neves oscilou de 16% para 14,7%.
Já no segundo turno entre Dilma e Marina, a petista cresceu e empatou tecnicamente com a ex-ministra do Meio Ambiente. Na pesquisa anterior, a presidente tinha 37,8% e subiu para 42,7% nesta sondagem. Já Marina passou de 43,7% para 45,5%, oscilação dentro da margem de erro, que é de 2,2 pontos porcentuais.
Na disputa entre Dilma e Aécio, a presidente se reelege com 47,5% e o tucano, 33,7%. Na sondagem anterior a diferença era de 43% para Dilma e 33,3% para o candidato do PSDB. Já num possível confronto entra Marina e Aécio, a candidata do PSB registra 52,2% e Aécio, 26,7%. Na sondagem anterior, Marina registrava 48,9% e o tucano, 25,2%.
Especialista em pesquisas eleitorais, a professora Fátima Pacheco Jordão elege o estreitamento da diferença entre Marina Silva e Dilma Rousseff no segundo turno como o dado mais importante da pesquisa. No embate direto entre as duas candidatas, a diferença caiu de 9 para 2,8 pontos porcentuais. "A posição da Dilma melhorou. Ela vinha sofrendo nos últimos meses com a perda de aprovação do governo, agora as últimas pesquisas mostram uma recuperação", analisa.
Parte da recuperação de Dilma, diz a especialista, pode ter vindo do programa eleitoral na TV e no rádio, em que a presidente têm muito mais tempo que os adversários. Sobre Marina Silva, a professora afirma que, para o crescimento acentuado nas últimas semanas, a candidata do PSB se beneficiou mais do noticiário, das entrevistas e debates do que de seu pouco tempo no horário eleitoral. O programa de Marina, classificado como "medíocre" e "improvisado" pela pesquisadora, não faz frente, na opinião dela, ao de Dilma Rousseff. "O programa da Dilma passou a ser temático, isso é muito favorável à comparação do eleitor. No início era um amontoado de dados. Antes era 'veja o que ela fez'. Agora é 'veja o que você recebeu'. Isso é diferente", afirma.
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