O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, disse nesta segunda-feira (4) que a presidente Dilma Rousseff "tem tudo a ver com a crise da Petrobras" e, consequentemente, com a suspeita de antecipação do gabarito de perguntas para os depoimentos de diretores da estatal que foram interrogados pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga irregularidades na empresa.
"Há uma CPI para apurar mal feitos e se faz uma articulação com senadores da base dela com gente do governo para treinar perguntas e respostas antes. Ela dizer que não tem nada a ver com isso... quem é que tem a ver com isso então?", provocou Campos.
Mais cedo, durante uma visita a Guarulhos, na Grande São Paulo, Dilma afirmou que as explicações sobre o caso devem ser dadas pelo Congresso.
De acordo com a revista "Veja", a presidente da Petrobras, Graça Foster, o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli e o ex-diretor da área internacional Nestor Cerveró tiveram acesso antecipado às perguntas e foram treinados pela equipe da empresa sobre como respondê-las a partir de uma combinação de servidores do Planalto e da CPI.
"A presidente Dilma tem tudo a ver com a crise da Petrobras. Ela comanda há 12 anos o setor elétrico brasileiro. Foi presidente do Conselho Administrativo da Petrobras por oito anos, depois foi presidente da República, nomeou a presidente da Petrobras [Graça Foster] como todos assistiram", completou o presidenciável.
CRÍTICAS A AÉCIOCampos criticou ainda as promessas que Aécio Neves, candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, tem feito sobre a Esplanada dos Ministérios e atacou diretamente o adversário quando disse que ele prefere "fazer marketing" a mostrar que "tem responsabilidade para mudar o Brasil".O tucano afirmou que pretende, se eleito, acabar com o Ministério da Pesca e criar uma pasta dedicada à infraestrutura."Acho que qualquer discussão sobre estrutura antes de apresentar o conteúdo é falha. Eu preferia saber quais são as ideias dele sobre a pesca, porque tem muita gente vivendo de pesca, e as ideias dele para infraestrutura, porque, no tempo que o partido dele governou, a infraestrutura do Brasil não avançou praticamente nada", disse o pessebista.
Campos promete baixar de 39 para 20 o número de ministérios, porém não explica quais pastas irá cortar ou como será feito esse remanejamento.
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