O PMDB nacional liberou nesta terça-feira (9) a seção regional do partido na Bahia a apoiar o candidato de oposição no plano federal, ACM Neto, em sua campanha pela prefeitura de Salvador. Líder do PMDB baiano e vice-presidente da Caixa Econômica Federal, o ex-deputado Geddel Vieira Lima deverá declarar apoio ao demista, no segundo turno da disputa na capital baiana, contra o petista Nelson Pelegrino. Antes disso, deverá pedir demissão do cargo que ocupa no governo federal.
Em entrevista coletiva para falar sobre o papel do PMDB no segundo turno, o presidente do PMDB, Valdir Raupp, disse que é forte a tendência de Geddel e seu irmão, o deputado Lúcio Vieira Lima, de apoio ao candidato do DEM, e que a direção nacional do PMDB respeita a decisão local.
"Conversei com Geddel e com Lúcio, e é forte a tendência de apoio ao ACM Neto. O que pesa (para eles) é 2014 (na política local). A direção nacional respeita muito a política local". Perguntado se considerava que Geddel deveria sair da Caixa, respondeu que será automático. "Acho que ele vai fazer isso automaticamente. Ele comentou isso comigo", disse Raupp, minimizando mais tarde. "Isso é uma questão que compete a ele e mais precisamente a presidente Dilma".
Raupp também deu como certa a já prevista aliança em São Paulo, com apoio do PMDB ao petista Fernando Haddad, mas negou que esteja em negociação um ministério para o candidato derrotado Gabriel Chalita. "Isso não está em discussão. Nenhuma aliança de segundo turno será feita a partir dessa discussão".
Depois, Raupp afirmou, no entanto, que a presidente Dilma Rousseff já reconheceu que o PMDB tem um espaço aquém do seu tamanho no governo.
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