PT perde espaço em estados importantes
Estadão Conteúdo
O PT conquistou dois grandes colégios eleitorais, com a eleição de Fernando Pimentel, em Minas Gerais, e de Rui Costa, na Bahia - depois de ultrapassar Paulo Souto (DEM). No entanto, o partido não foi nem sequer ao 2.º turno em alguns dos principais estados.
No Rio de Janeiro, o senador petista Lindberg Farias ficou em um longínquo quarto lugar. A disputa para saber quem vai enfrentar o atual governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) no 2.º turno foi bastante apertada e envolveu Anthony Garotinho (PR) e Marcelo Crivella (PRB). Deu Crivella, com vantagem inferior a 1 ponto porcentual.
No Distrito Federal, o atual governador petista, Agnelo Queiroz ficou com a terceira posição. O 2.º turno será disputado entre Rodrigo Rollemberg (PSB) e Jofran Frejat (PR).
A decisão também ficou para o 2.º turno em outros importantes colégios eleitorais. No Rio Grande do Sul, a disputa será entre José Ivo (PMDB) e o governador Tarso Genro (PT), depois de uma reviravolta que deixou em terceiro lugar Ana Amélia Lemos (PP) - ela liderou as pesquisas durante a maior parte da campanha.
Em 14 estados brasileiros, a disputa pelo governo se encerrou ontem. Com mais da metade dos votos válidos, os eleitores desses estados elegeram ou reelegeram seus governadores, sem necessidade de 2º turno.
INFOGRÁFICO: Veja o balanço dos governadores eleitos no 1º turno
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Esse número poderia ser ainda maior, já que em outros dois estados onde a contagem dos votos não havia sido encerrada até o fechamento da edição, a disputa também caminhava para a resolução em turno único.
A maior vantagem foi obtida por Paulo Câmara (PSB), governador eleito de Pernambuco. Aliado de Eduardo Campos, candidato à Presidência que morreu em acidente aéreo em agosto, Câmara tinha 68% dos votos válidos com 99% das urnas apuradas.
O segundo melhor desempenho foi de Flavio Dino (PCdoB), que quebrou a hegemonia da família Sarney no Maranhão. Com 63,5% dos votos, será o sucessor de Roseana Sarney (PMDB), filha do senador José Sarney (PMDB).
Até o fechamento da edição, a apuração ainda não havia sido encerrada apenas no estado do Acre, onde os números indicavam definição no primeiro turno. O governador Tião Viana (PT) tinha 50,5% dos votos com 83,8% das urnas apuradas. No Pará, uma situação curiosa: com 99% das urnas abertas, a eleição seguia para o segundo turno por uma diferença mínima. Helder Barbalho (PMDB) tinha 49,9% dos votos, enfrentando no segundo turno Simão Jatene (PSDB).
Dos 14 eleitos no primeiro turno, seis já ocupavam o cargo de governador, entre eles o chefe do Executivo do Paraná, Beto Richa (PSDB), reeleito com 55,6% dos votos.
Os outros reeleitos são Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo, Raimundo Colombo (PSD), em Santa Catarina, Jackson Barreto (PMDB) em Sergipe e Chico Rodrigues (PSB) em Roraima.
Partidos
Entre, o PMDB conseguiu eleger o mais número de governadores, quatro. O PT aparecia em segundo lugar com três, podendo passar para quatro caso Tião Viana (PT) confirmasse sua reeleição. Na sequência aparecem PSDB e PSB, que elegeram dois. O PCdoB, o PDT e o PSD tiveram um eleito cada.
Segundo turno
Em 11 estados, juntamente com o Distrito Federal, já está confirmado um novo turno de enfrentamento. O partido com maior presença nessa disputa é o PMDB, que estará concorrendo ao governo de oito estados.
Em segundo lugar está o PSDB, presente no segundo turno de cinco estados. A terceira colocação ficou com o PSB, que estará participando do segundo turno em três estados e no Distrito Federal.
Já o PT estará disputando o segundo turno em três estados. Em um estado cada estarão presentes Pros, PDT, PRB e o PR, que prossegue na disputa pelo governo do Distrito Federal.
Acre
Problemas técnicos atrasam pleito no Acre; Tião Viana é o favorito
Estadão Conteúdo
No Acre, onde a votação atrasou por problemas técnicos, o candidato à reeleição Tião Viana era o favorito. Às 22h46 de ontem, com 96% dos votos apurados, ele tinha 49,93%. Viana era seguido pelo candidato do PSDB, Marcio Bittar, com 29,97% dos votos. Bocalom, do DEM, estava com 19,41% e Antônio Rocha, do PSOL, com 0,51%.
A única definição era para o Senado, com Gladson Cameli (PP). A votação em Rio Branco registrou vários problemas. Às 19h30 de ontem ainda havia eleitores em seções de votação. O presidente do TRE não admitiu problemas.
O sistema de biometria atrasou a votação em várias seções eleitorais. Durante todo dia, a média de espera ultrapassou duas horas.
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