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 | Marcos Fernandes; Cadu Gomes
| Foto: Marcos Fernandes; Cadu Gomes

Da herança política do avô ao Senado

Aécio Neves, ex-governador de Minas gerais e candidato à Presidência da República

Natural de Belo Horizonte, Aécio Neves tem 54 anos de idade e 30 de vida política. Filho de Inês Maria e de Aécio Cunha (advogado e também parlamentar), se mudou aos 10 anos para o Rio de Janeiro, quando o pai foi fazer um curso na Escola Superior de Guerra. Viveu em terras fluminenses até completar 22 anos.

Convencido pelo avô Tancredo Neves a voltar a Minas Gerais, Aécio transferiu o curso de Economia para a PUC-Minas e entrou na campanha do avô pelo governo estadual. Com a vitória, o jovem mineiro foi nomeado secretário particular do governador. Ocupou o cargo até a vitória de Tancredo nas eleições indiretas para a Presidência, em 1985. Um dia antes da posse, Tancredo foi internado. Morreu pouco mais de um mês depois. Dizem que foi neste momento que Aécio decidiu trilhar seu próprio caminho político.

Um ano depois, o mineiro concorreu pela primeira vez a um cargo eletivo. Foi eleito, aos 26 anos, deputado federal pelo PMDB. Dois anos depois, ainda bastante jovem, se filiou ao PSDB e foi um dos parlamentares que participaram da elaboração da Constituição de 1988.

Aécio reelegeu-se três vezes consecutivas para a Câmara dos Deputados. Foi presidente da Casa no biênio 2001/2002. Depois foi eleito governador de Minas por dois mandatos, de 2003 a 2010. Em seguida, elegeu-se para o Senado, de onde pretende chegar ao Palácio do Planalto.

Em outubro do ano passado, exatamente um ano antes destas eleições, Aécio casou-se com a modelo gaúcha Letícia Weber, de 34 anos, com quem namorava havia cinco anos. Hoje o casal é pai dos gêmeos Julia e Bernardo. Antes, entre 1991 e 1998, o mineiro foi casado com a advogada Andréa Falcão, com quem teve a filha Gabriela, que tem 23 anos.

A boa costura de alianças é considerada uma das principais habilidades de Aécio. Ele conseguiu montar em Minas alianças pouco usuais. Inclusive promoveu uma inusitada aproximação entre os adversários PT e PSDB, que ajudou a eleger Marcio Lacerda prefeito de Belo Horizonte nas eleições de 2008.

De guerrilheira a primeira mulher presidente

Dilma Rousseff, presidente da República e candidata à reeleição

Dilma Rousseff nasceu em 14 de dezembro de 1947, na cidade de Belo Horizonte (MG). É filha do meio do imigrante búlgaro Pedro Rousseff e da professora Dilma Jane da Silva, nascida em Resende (RJ).

Dilma iniciou os estudos no tradicional Colégio Nossa Senhora de Sion. Depois, cursou o ensino médio no Colégio Estadual Central. No primeiro, por meio do trabalho social das freiras, teve contato com a realidade das famílias pobres, moradoras das favelas de Belo Horizonte. No segundo, conheceu a agitação do movimento estudantil e o marxismo. Em um momento de endurecimento do regime militar, Dilma seguiria o caminho de centenas de estudantes da época, ingressando em um dos movimentos de esquerda da época: a Colina.

Foi na guerrilha que Dilma conheceu o advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo, que viria a ser seu marido e pai da sua filha. Juntos, sofrem com a perseguição da Justiça Militar. Condenada por "subversão", Dilma passa quase três anos, de 1970 a 1972, no presídio Tiradentes, na capital paulista, onde sofre tortura.

Quando sai da prisão, Dilma tenta recomeçar a vida com o marido em Porto Alegre. É na capital gaúcha que Dilma retoma os estudos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e começa a trabalhar no serviço público. Em 1976, dá à luz a filha Paula Rousseff Araújo.

Junto com o marido, Dilma ajuda a fundar o PDT no Rio Grande do Sul, onde ela foi secretária da Fazenda de Porto Alegre e secretária estadual de Minas e Energia na gestão de Alceu Collares (PDT) e Olívio Dutra (PT).

Em 2002, Dilma é convidada a atuar na transição entre os governos Fernando Henrique Cardoso e Lula. Com a posse de Lula, Dilma torna-se ministra de Minas e Energia. Em 2005, substitui José Dirceu, então envolvido com o escândalo do Mensalão, como ministra-chefe da Casa Civil. A atuação de Dilma no cargo agrada ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a bênção de Lula, Dilma é indicada pelo PT para disputar a eleição contra José Serra, do PSDB. Ela vence a disputa, no 2º turno, com 56% dos votos válidos.

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