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O reconhecimento biométrico não foi o único problema registrado nas eleições do Paraná neste domingo (5). Alguns eleitores não conseguiram concluir a votação e reclamaram da falta de preparo dos mesários. A professora aposentada da UFPR, Vera Lúcia Anunciação, demorou horas para resolver impasses na Escola Madre Anatólia, no bairro Bigorrilho.

Além dos problemas com a biometria, ela foi orientada de maneira incorreta pela mesária, e não conseguiu votar nos cargos de senador, governador e presidente.

Segundo Vera, após votar para deputado estadual e federal, ela esqueceu o número do seu candidato para o Senado e pediu orientação para a mesária sobre o que ela poderia fazer.

"Estava nervosa pela biometria não ter dado certo e não lembrava o número. Então, a mesária disse que eu poderia sair para ver o número, que ela suspenderia a votação", disse. No entanto, a suspensão de voto, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral, só é possível se a pessoa não tiver confirmado o voto em nenhum candidato.

Além disso, Vera também teve o comprovante de votação entregue para outra pessoa que tinha o mesmo nome que o dela na seção. "Fizeram uma ata com o que aconteceu, mas eu não estava de acordo, pois não foi o que ocorreu. Como eles podem ter certeza que o meu comprovante foi entregue para outra Vera Lúcia?", questiona.

Dois técnicos judiciários foram encaminhados ao local para auxiliar o problema da professora. "Eu não poderia sair daqui sem nenhum documento que comprove que eu vim votar", frisa. Uma certidão circunstanciada de exercício parcial de voto, que é válida para todos os efeitos legais, seria elaborada pelos técnicos e assinado pelo juiz eleitoral da zona 178.

O técnico judiciário Mauro Prizibela, que foi atender o caso de Vera Lúcia explicou que os dois primeiros votos foram registrados, e o dos outros três cargos, anulados. "Pela legislação, existe suspensão de voto, desde que a pessoa não confirme."

A professora também reclamou da falta de preparo dos mesários. "Qualquer um pode errar, mas ficou claro para mim que as pessoas não foram bem orientadas sobre as situações adversas", ressalta.

TrocaO motorista Antônio de Paula Soares também foi confundido com uma pessoa de mesmo nome que vota em sua seção, no Colégio Tiradentes, em São José dos Pinhais. A lista da votação (que teve de ser assinada mesmo com o reconhecimento da biometria), já estava assinada por outro Antônio, e ele acabou levando o comprovante do outro eleitor.

ErrosSegundo o coordenador de comunicação do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, Marden Machado, o eleitor que teve o problema deve procurar o cartório eleitoral em que está registrado (que pode ser encontrado no site do TSE), e levar o comprovante errado para troca.

Quem teve a biometria reconhecida não precisaria assinar a lista de presença. "Se algum mesário orientou a assinar mesmo com o reconhecimento biométrico, agiu errado", diz Machado.

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