Aécio disse que Marina Silva foi contra o Plano Real| Foto: Aílton Santos/Jornal Hoje

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, criticou ontem o comportamento de Marina Silva e cobrou coerência da candidata do PSB. Em Cascavel, no Oeste do Paraná, Aécio deu a entender que a adversária se apresenta de maneira diferente na campanha eleitoral. "Respeito a candidatura da Marina, mas é preciso que ela diga, de forma muito clara, qual é a Marina candidata", afirmou o tucano. "É aquela que lá atrás votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e se posicionou, dentro do PT, contra o Plano Real, ou a que agora defende esses pilares macroeconômicos que ela condenou lá atrás?", questionou.

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Em Cascavel para participar de um encontro com lideranças de várias cidades do Paraná, Aécio disse que estava iniciando a virada na campanha presidencial. Ele preferiu não comentar sobre um possível duelo entre Marina e a presidente Dilma Rousseff (PT) e afirmou que estará no segundo turno. "O aprendizado do PT no governo custou muito caro ao Brasil. Os resultados são estes que estão aí, com o emprego indo embora e os indicadores sociais piorando a cada ano. Não acredito que um novo aprendizado faça bem ao Brasil", afirmou o candidato, que estava acompanhado do governador Beto Richa e do senador Alvaro Dias.

Sem ministro

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Antes da visita a Cascavel, Aécio esteve na 37ª Expointer (Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários), em Esteio (RS). Ele ironizou a declaração da presidente Dilma Rousseff sobre a troca de equipe em um novo governo e disse que "o Brasil não tem mais ministro da Fazenda".

"A presidente da República anunciou ontem [quinta-feira] que substituirá a equipe econômica. E o país não pode ficar sem equipe econômica para sinalizar de forma clara em que direção nós vamos. Ela desautorizou o ministro da Fazenda", disse o tucano. "Equipe econômica você não tem ou substitui. Você não anuncia que vai substituir daqui a quatro meses. Nenhuma das negociações, nenhum dos entendimentos com o governo passa a ter credibilidade hoje."