O governador e candidato à reeleição Beto Richa (PSDB) esteve em Maringá, Norte do estado, na manhã desta quarta-feira (3), para se encontrar com empresários do setor do vestuário da região. Durante o evento, ele poupou os concorrentes ao Palácio do Iguaçu, e novamente fez elogios aos candidatos à Presidência Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), mirando as críticas ao governo federal.
"Marina inspira confiança. Se eleita, vai levar ética à política. Mas digo e repito, meu candidato é Aécio Neves. O que quero dizer é que os dois têm capacidade para fazer uma faxina política, pois ninguém mais suporta a má gestão do PT", afirmou.
Sobre o fato de Marina afirmar que não fará campanha para os candidatos tucanos aos governos do Paraná e de São Paulo (Geraldo Alckmin), Richa diz que se sente confortável com o apoio do PSB. "O partido nos apoia, o vice-presidente [Beto Albuquerque] também, o que indiretamente nos faz ter o aval da candidata. Com Aécio ou Marina o Paraná terá um tratamento respeitoso", ressaltou.
Novamente, o empréstimo de R$ 817 milhões do Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal (Proinveste), que demorou dois anos para ser liberado pelo governo federal, foi citado como "perseguição política". Segundo Richa, o estado foi o último a ter acesso à verba.
O reajuste de 24% na conta de luz no Paraná foi outro motivo de ataque ao governo do PT. Segundo o governador, "o reajuste reflete a incapacidade governamental em gerir recursos em energias renováveis no país".
Reivindicações
Richa foi a Maringá por convite de lideranças do Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá (Sindvest). O objetivo era entregar um documento com reivindicações da indústria e ouvir as propostas dos três principais candidatos ao governo do estado. Richa foi o segundo a receber o plano. Roberto Requião (PMDB) foi o primeiro convidado na semana passada e a candidata Gleisi Hoffmann (PT) deverá ser a próxima.
Entre as solicitações está a adoção de uma política que estimule a identidade da moda paranaense, incluindo pesquisa, desenvolvimento de produtos e design. Foi pedido também que haja ampliação dos programas de capacitação profissional para a cadeia produtiva do vestuário, que vai desde o chão da fábrica até a concepção e comercialização do produto. Também foram pleiteados mecanismos fiscais e logísticos para atrair indústrias que favoreçam a cadeia produtiva do setor.
Richa propôs, se eleito, analisar e incorporar as propostas apresentadas em seu plano de governo. "Já reduzimos a pedido do setor a alíquota do ICMS de 12% para 3%. Prorrogamos a validade dessa redução e agora a proposta é nos empenharmos mais na divulgação dos produtos, na comercialização e na qualidade da mão de obra", frisou.
O governador disse ainda que após a entrega do Centro Estadual de Educação Profissionalizante, que está sendo construído na cidade, Maringá poderá contar com cursos voltados à área do vestuário, a exemplo do que já ocorre em Cianorte, outro polo do setor.
Por ter participado do evento em Maringá, o candidato faltou à sabatina realizada no mesmo horário na Universidade Estadual de Londrina (UEL), região Norte, por entidades sindicais das instituições de ensino superior do Paraná. "Sou governador e candidato, impossível participar de todos os encontros. Tenho tentado atender aos principais", justificou.
Após o evento, o governador retornou a Curitiba. À noite ele deve participar de uma reunião com lideranças comunitárias da Região Metropolitana.
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