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O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, delator de um esquema de corrupção na empresa, é tema central de uma reportagem de página inteira na edição desta segunda-feira, 20, do principal jornal dos Estados Unidos, o The New York Times. As denúncias do esquema de proporções "épicas" de Costa estão contribuindo para aumentar a incerteza na reta final da corrida presidencial, destaca o texto.

A reportagem, assinada pelo correspondente do jornal no Brasil, Simon Romero, começa contando a história de Costa, que vivia o sonho que todo homem de petróleo tem. Era dono de um iate, um carro blindado e tinha mais de US$ 25 milhões em bancos no exterior. Mas com ele envolvido no esquema de corrupção da Petrobras, o sonho acabou recentemente e o engenheiro e ex-diretor da empresa pode perder tudo isso, destaca o Times.

O texto cita as denúncias de Costa envolvendo o pagamento de até 3% do valor de contratos da Petrobras para o Partido dos Trabalhadores (PT). A reportagem também destaca a denúncia mais recente, de que o ex-presidente do PSDB também recebeu propina da petroleira. "O depoimento de Costa está tumultuando uma já tumultuada corrida presidencial", destaca o jornal.

"O caso tem sido um importante desafio para a presidente Dilma Rousseff", afirma o Times, destacando que ela presidiu o conselho da Petrobras durante o período em que Costa disse que montou o esquema de corrupção e ainda escolhe quem vai comandar a empresa.

O Times ressalta ainda na reportagem que o escândalo na Petrobras traz à tona duas visões diferentes de como a petroleira, "que fez uma das maiores descobertas de petróleo deste século", deve ser gerenciada. Desde que assumiu a presidência do Brasil, Dilma aumentou o controle estatal na empresa. Já o candidato do PSDB, Aécio Neves, declarou que as denúncias de corrupção na empresa mostraram que sua administração ficou muito politizada, de acordo com o jornal.

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