Por que decidiu ser candidato ao Senado?A gente sabe que a sociedade é dividida em classes sociais. A nossa candidatura representa as necessidades da classe trabalhadora. As propostas estão nesta linha, independente da burguesia. Se quer se apresentar como um projeto de classe independente precisa ter independência financeira para depois garantir a independência política.

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Histórico de candidaturas. Já foi candidato ou ocupou outros cargos eletivos?Candidato a deputado estadual em 2010 e candidato a vice prefeito de Cascavel em 2012.

Quais as suas principais propostas?A principal é uma necessidade urgente da classe trabalhadora, a redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 36 horas semanais. Hoje o empregado trabalha a semana inteira e sábado até meio dia num ritmo alucinante, gerando problemas de saúde sérios. Também queremos colocar um dispositivo que proíbe o banco de horas. Hoje existe o controle total sobre o tempo do trabalhador sem pagar hora extra.A segunda mudança é proibir as demissões imotivadas. As multinacionais recebem isenção de impostos e no primeiro sinal de crise ameaçam demitir em massa. Também queremos lutar pela criminalização da homofobia. Precisamos avançar neste tema, pois as pessoas têm o direito de ser feliz com seu parceiro.Outra proposta é o Passe Livre estudantil nacional. Queremos dobrar o orçamento federal para o transporte público. No mínimo 2% do PIB nacional.

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Como o senhor vê a representação do Paraná hoje no Senado?São candidaturas financiadas por empresas de pedágio, bancos e empreiteiras e eles defendem os interesses destes públicos. As candidaturas estão atreladas a esses interesses. Quem paga a banda, escolhe a música. O povo do Paraná não pode mais confiar nestes representantes. Por isso temos uma campanha independente para representar os trabalhadores.

Como você está fazendo campanha? Tem doadores ou conta com recursos próprios?A campanha é muito difícil e muito pobre. Mas seria estranho se fosse rica, pois a classe trabalhadora é pobre também. Os trabalhadores, familiares e profissionais liberais financiam a campanha com doações conforme suas condições. É difícil encher o tanque do carro. Mas quando conseguimos, viajamos para algumas regiões do Paraná. Por conta das dificuldades do financiamento, priorizamos algumas cidades. Até o final da campanha a ideia é visitar os principais municípios de cada região.

O Paraná um dos estados que mais contribuem com tributos federais, mas ocupa a 24ª posição no ranking dos investimentos regionalizados previstos no orçamento da União. Entre 2002 e 2013, o Estado pagou R$ 42,60 em impostos para Brasília para receber R$ 1 em empenho de recursos. Como o senhor pretende atuar para melhorar essa situação?Todos os estados têm que cobrar impostos para manter as áreas de saúde, educação, segurança e outras. Não achamos isso errado. Mas esses impostos não voltam para o Paraná porque o governo federal paga juros da dívida nacional.

Com relação aos empréstimos internacionais pedidos pelo Paraná, como o senhor se posicionaria?Temos que tomar muito cuidado. O Paraná tem uma dívida enorme. Precisamos discutir bem essa questão.

Qual a sua posição sobre o uso regulamentado e medicinal da maconha?Somos favoráveis a legalização, inclusive plantio caseiro. A gente entende o Uruguai, onde os assassinatos caíram porque acabou o tráfico, como um bom exemplo. Defendemos a legalização de todas as drogas. Não significa incentivo, é apenas legalização, produção e controle pelo estado. O problema dos abusos das drogas tem que ser entendido como problema de saúde pública, não polícia.

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